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Mudanças

• Esta é a última edição da página temática de Finanças Pessoais da Gazeta do Povo. A coluna Financês continua, sempre às terças-feiras, mas dentro do noticiário geral de Economia.

• A mudança ocorre para dar mais flexibilidade ao jornal e abrange diversas áreas do noticiário. Os leitores interessados em finanças pessoais prosseguirão encontrando a cobertura do tema no dia a dia do jornal.

Existem preços e preços. Alguns estão identificados com etiquetas e placas, outros dependem de orçamentos e avaliações. Alguns dependem da ocasião e da cara do freguês – de verdade. Tome cuidado com estes últimos.

Conheço uma pessoa que, quando precisava de serviços como de encanador ou chaveiro, fazia o possível para obter um orçamento pelo telefone. Ela morava em um condomínio de padrão superior e sabia, por experiência própria, que os fornecedores chutavam os preços para cima quando conheciam o local.

A estratégia funcionava, mas sua aplicação não é possível em todas as situações. Pense, por exemplo, em uma festa de casamento. Há nesse caso um encontro de condições que é francamente desfavorável ao consumidor. Há uma pressão emocional envolvida; há a falta de informação específica – afinal, normalmente os noivos nunca organizaram uma festa desse tipo antes e sabem muito pouco sobre os custos envolvidos –; e há ainda o argumento que os gringos chamam de once in lifetime: você só vai se casar uma vez na vida, e isso é suficiente para autorizá-lo a gastar o que for necessário para ter a festa dos sonhos. Assim, um bolo de casamento custará sempre mais que um bolo de aniversário, por exemplo.

Infelizmente, essa lógica faz com que muitos casais comecem a vida em comum com uma bela de uma dívida.

Outro mercado em que atuam os mesmos fatores é o de artigos para bebês. Ao fazer o enxoval do primeiro filho, os pais não têm ideia de preços e querem todo o que houver de mais fofinho – e os preços vão ao infinito e além, como diria Buzz Lightyear. Não é de surpreender que muitos pais de primeira viagem prefiram fazer compras fora do país. Lá, encontram bons produtos e um mercado bem definido, em que os preços são mais alinhados com a realidade. A economia feita em babadores, bodies e macacões compensa pagar passagem e hospedagem.

Para casos como esse, é essencial tentar anular a vantagem essencial do vendedor, que é a informação – ele sabe o quanto custam os seus produtos e serviços, você não. Pesquise muito previamente, procure amigos e parentes que tenham se casado ou tido filhos recentemente. Peça ajuda de pais e padrinhos – eles podem ajudá-lo a não tomar decisões movidas pelo entusiasmo ou pela lábia de um bom vendedor.

Presentes

Já ouvi muita gente dizer que se preparar para o nascimento de um filho custa caro. Se você fizer questão de todas aquelas marcas italianas, francesas e americanas no quarto de seu pimpolho, pode custar, sim. Mas convém não esquecer que bebês ganham presentes. Você não será o único a querer vê-lo lindão.

Funerais

Outra ocasião em que a pressão emocional faz as pessoas gastarem demais é a dos funerais. Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio obriga casas funerárias a ter tabelas discriminadas para evitar a venda de "pacotes" a preços exagerados. Regras semelhantes existem em diversos municípios brasileiros. Lá, como aqui, volta e meia ouve-se histórias de gente desonesta que burla essas regras.

É a idade...

A memória me traiu. Na semana passada, escrevi que a violência escandalosa entre torcedores do Coritiba, no Couto Pereira, ocorreu em 2008. Estava errado, claro: foi em dezembro de 2009, como assinalou o atento leitor Tiago.

Escreva!

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