O anúncio de que a manutenção do Canal da Galheta, que dá acesso ao Porto de Paranaguá, poderá ser concedida à iniciativa privada pelo governo federal acontece no momento em que se aguarda o início dos trabalhos de dragagem e aprofundamento licitados no fim do ano passado. A obra deverá ser iniciada no segundo semestre.
A empresa vencedora, a DTA Engenharia, fará o aprofundamento do Canal da Galheta pelo valor de R$ 394,2 milhões. A obra é bastante aguardada, pois permitirá que navios maiores possam atracar em Paranaguá. No momento, o processo encontra-se na fase de recursos e homologações.
A dragagem prevê a retirada de 14 milhões de metros cúbicos de sedimentos ao longo de todo o canal e na bacia de evolução, área utilizada por navios para manobra e atracação. Com isso, o canal de acesso passará a ter 16 metros de profundidade. Hoje, são 15 metros.
Já a bacia ganhará mais dois metros de profundidade, passando de 12 para 14 metros. As áreas intermediárias, localizadas entre o canal e a bacia, passarão a ter 15 metros de profundidade.
Modelo incerto
O diretor presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, afirma que ainda é cedo para analisar o modelo de concessão do canal proposto pela Secretaria de Portos, já que o governo federal não liberou detalhes, mas acredita que não deverá ser de curto prazo. “Como o aprofundamento será feito pela licitação, o novo modelo de concessão deverá ser para fazer a manutenção da dragagem”, diz.
Somente na próxima quinta-feira os aspectos técnicos da concessão serão disponibilizados pelo governo. Além de Paranaguá, devem ser transferidos à iniciativa privada também a dragagem nos portos de Santos (SP) e Rio Grande (RS).
No próximo dia 9 será realizada uma audiência de consulta pública para debate do novo modelo. Segundo Dividino, a Appa estará presente na reunião. “Após a audiência pública, acredito que ainda vamos ter muita conversa. Paranaguá levou quase dez anos para dragar o canal. Hoje, como estamos com tudo atendido, teremos de avaliar se o novo modelo de concessão será benéfico para o porto. A Appa tem um lado, que é o mais barato possível. Certamente não queremos onerar o exportador e o importador”, diz.
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