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O dólar fechou em alta de mais de 1% ante o real nesta quarta-feira (1), diante de renovadas preocupações com o futuro da Grécia na zona do euro e dados mais fortes que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, alimentando as expectativas de alta nos juros da maior economia do mundo.

A moeda norte-americana subiu 1,16%, a R$ 3,1450 na venda, a maior cotação em quase um mês. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,1 bilhão.

“O mercado está operando no curto prazo, e o que tivemos de informação nova hoje em relação a Grécia e ao Fed apontou para um dia de alta (do dólar)”, resumiu o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu aos gregos nesta quarta-feira que rejeitem o resgate internacional, destruindo qualquer perspectiva de reparar as relações com os parceiros da União Europeia antes do referendo no domingo que pode decidir o futuro da Grécia na zona do euro.

A notícia dissipou o bom humor visto pela manhã, quando o mercado comemorou declaração de Tsipras afirmando que estava disposto a aceitar a oferta de seus credores, com algumas condições.

“O mercado está confuso. Parece que o bom humor de manhã não era justificado”, disse no início da tarde o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Banco Central deve reduzir intervenção no mercado de câmbio em julho

Contratos de swap cambial equivalem à venda futura de dólares e são o principal instrumento de intervenção do governo

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EUA

A alta do dólar também foi influenciada por dados mais fortes que o esperado sobre o mercado de trabalho dos EUA. O setor privado do país criou 237 mil vagas de trabalho em junho, o maior ganho desde dezembro e acima das expectativas de analistas, segundo dados da ADP.

Na quinta-feira (2), será divulgado o relatório de emprego do governo norte-americano, mais abrangente do que os dados da processadora de folhas de pagamento.

Os números norte-americanos reforçaram a perspectiva de que os juros devem começar a subir em poucos meses, o que pode atrair para os EUA recursos atualmente aplicados no Brasil.

Swaps

Investidores concentraram-se ainda na política de intervenções do Banco Central brasileiro. O BC deu início nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, vendendo a oferta integral de até 7,1 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares, ou cerca de 3% do lote total.

Se o BC mantiver o ritmo atual e vender a oferta integral até o penúltimo dia do mês, rolará 70% do lote total, equivalente a US$ 10,675 bilhões. Essa fatia seria aproximadamente igual à do mês passado e operadores esperam que, se vir a oportunidade, o BC pode aproveitar para reduzir a oferta de contratos.

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