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A moeda norte-americana subiu 1,59%, a R$ 3,4247 na venda, maior cotação de fechamento desde 20 de março de 2003 | Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
A moeda norte-americana subiu 1,59%, a R$ 3,4247 na venda, maior cotação de fechamento desde 20 de março de 2003| Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

O dólar subiu mais de 1% nesta sexta-feira (31), fechando acima dos R$ 3,40 pela primeira vez em mais de 12 anos, com as incertezas políticas e econômicas no Brasil pesando e levando os especialistas a apontarem tendência de alta pelo menos no curto prazo.

A moeda norte-americana subiu 1,59%, a R$ 3,4247 na venda, maior cotação de fechamento desde 20 de março de 2003, quando encerrou a R$ 3,478. Também em março de 2003 havia sido a última vez que o dólar tinha ido acima do patamar de R$ 3,40.

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Na semana, a divisa subiu 2,32% e, no mês, o avanço foi de 10,16%, maior alta mensal desde março (11,7%).

“O que preocupa bastante no futuro são os números da economia brasileira. Com os dados ruins, vamos ficando cada vez mais perto de perder o grau de investimento”, disse o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo De Gracia Correa, para quem o dólar pode ir “facilmente” acima de R$ 3,60 se o país for rebaixado.

Na terça-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s alertou que o Brasil pode o status de bom pagador devido a riscos políticos, com denúncias de corrupção no âmbito da Lava Jato, e econômicos.

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Nesta sessão, o resultado fiscal ajudou a azedar o humor dos investidores, após o governo informar déficit primário de R$ 9,323 bilhões em junho, pior leitura para o mês da história, número que ressalta as dificuldades do governo para equilibrar as contas públicas.

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“Para qualquer lado que você olhar, tem notícia ruim, seja fiscal ou política”, resumiu o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Intervenção no câmbio

Apesar da forte alta do dólar em julho, o Banco Central decidiu manter no início de agosto a política de reduzir o estoque de contratos de câmbio que estão nas mãos do mercado.

A instituição anunciou nesta sexta-feira (31) que iniciará na segunda-feira (3) as operações de renovação dos contratos de swap cambial que vencem no começo de setembro. A oferta no dia será de US$ 300 milhões (6.000 contratos), mesmo valor que vem sendo oferecido nas últimas semanas.

Se mantiver esse mesmo ritmo ao longo de agosto, a instituição vai renovar cerca de 60% do vencimento do mês seguinte, que soma US$ 10,027 bilhões. Cerca de US$ 4 bilhões, portanto, seriam retirados do mercado no começo de setembro.

O swap cambial, que oferece ao mercado proteção contra a valorização do dólar, é o principal instrumento de intervenção cambial do governo. O estoque desses papéis está hoje em US$ 108 bilhões, sendo que cada contrato tem um prazo de vencimento.

Ao renovar parcialmente esses vencimentos, o BC reduz a oferta de dólares, em um momento em que a demanda por moeda e outras formas de proteção cambial cresce.

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