A Bolsa de Chicago (Chicago Stock Exchange) anunciou nesta sexta-feira (5) que fechou acordo para ser vendida ao grupo chinês Chongqing Casin Enterprise Group, o que permitirá a entrada do comprador no mercado de capitais americano. A empresa chinesa assinou um contrato definitivo para adquirir a Bolsa, de acordo com comunicado, que não informou o valor da operação. A CSE afirmou que a transação deve ser concluída na segunda metade do ano, pois ainda precisa de aprovação regulatória.
“Nós somos um bom ajuste. Nossa estratégia é algo que eles gostam e consistente com a deles”, afirmou John Kerin, CEO da CSE, em entrevista à Bloomberg. “Nós fornecemos tecnologia e somos uma bolsa autônoma e completa que pode crescer de tal forma que se encaixa com a necessidade deles.”
A CSE, subsidiária da CHX Holdings de 134 anos, pertence minoritariamente a um grupo que inclui o Bank of America, Goldman Sachs e JP Morgan, segundo a companhia. Os acionistas minoritários também venderão suas participações, afirmou Kerin.
Esta seria a primeira aquisição de uma bolsa de valores por uma companhia chinesa. A CSE, que movimenta cerca de 0,5% das negociações de ações nos EUA, daria ao comprador uma participação de US$ 22 trilhões no mercado de capital americano, onde os regulamentos exigem que as negociações sejam encaminhadas para qualquer bolsa que tenha o melhor peço por um ação em dado momento.
O Casin Group afirmou que se interessa pelo mercado por causa do potencial para “trazer grande crescimento de companhias chinesas a investidores americanos”, segundo comunicado do presidente do grupo, Shengju Lu.
Fundado em 1990 no processo de privatização de ativos estatais, o grupo se concentrava inicialmente em desenvolver projetos imobiliários em Chongqing antes de expandir para os setor financeiro e ambiental. Apesar de deter fatias em bancos e seguradoras, a companhia nunca havia comprado uma bolsa de valores.
“Nós revisamos os planos da CHX em aprimorar a participação no mercado através de novas iniciativas de crescimento, e os apoiamos integralmentes”, afirmou Lu.
A oferta do Casin Group surge em meio ao crescente ritmo de aquisições de empresas estrangeiras por companhias chinesas. Este ano, negócios e investimentos transnacionais anunciados na China já somam cerca de US$ 70 bilhões, no caminho de ultrapassar o recorde do ano passado, de US$ 123 bilhões, segundo dados da Bloomberg.
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