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Trabalhadores querem garantias da Volvo de que não haverá demissões na fábrica de Curitiba. | Rodolfo Buhrer/Reuter
Trabalhadores querem garantias da Volvo de que não haverá demissões na fábrica de Curitiba.| Foto: Rodolfo Buhrer/Reuter

Os metalúrgicos da Volvo em Curitiba rejeitaram nesta segunda-feira (18) uma nova proposta da empresa para pôr fim à paralisação na fábrica, que já dura sete dias. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região (SMC), foram realizadas duas votações secretas.

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Uma pelos funcionários sindicalizados que trabalham na linha de produção, o popular “chão de fábrica”, que aprovaram a manutenção da greve, por 841 votos contra 705. A outra, feita com os trabalhadores não-associados, em sua maioria administrativos, foram favoráveis à proposta, por 1.015 a 348 ,e decidiram entrar para trabalhar. Uma nova assembleia acontecerá nesta terça (19), às 7 horas.

A nova proposta da empresa, segundo o sindicato, previa: lay-off (suspensão provisória do contrato de trabalho) de sete meses, sendo cinco em regime normal (onde os trabalhadores recebem seguro-desemprego e a complementação salarial da empresa) e dois com a Volvo assumindo a integralidade do salário; Plano de Demissão Voluntária (PDV), com pagamento de salários e mais os direitos trabalhistas previstos até 15 de dezembro de 2015, mais um pacote de um a quatro salários de acordo com o tempo de empresa, mais a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2015; manutenção do PLR referencial de R$ 30 mil, levando em conta o mesmo volume de produção de 2014, mas sem os limitadores mínimos. A primeira parcela seria de R$ 5 mil, para pagamento em junho; reajuste salarial sem ganho real, com base apenas no INPC; e compensação dos dias parados por meio do banco de horas.

Em nota, o presidente do SMC, Sérgio Butka, reconheceu que houve avanços na nova proposta, como a inclusão do PDV, uma reivindicação do sindicato, mas a proposta não agradou à maioria dos metalúrgicos. “Os trabalhadores do chão de fábrica estão coesos e conscientes da importância da mobilização, da unidade e da possibilidade de uma proposta que realmente os satisfaça. Continuamos abertos para, através do diálogo e da negociação, construirmos uma alternativa para o chão de fábrica, que é quem pode estar perdendo o emprego em dezembro”, afirmou.

A fábrica da Volvo em Curitiba emprega cerca de 4 mil trabalhadores e tem capacidade de produção diária de 80 caminhões pesados, 44 médios e oito ônibus.

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