A fábrica da Volkswagen no Paraná, que desde fevereiro de 2014 promove um “rodízio” de funcionários em regime de layoff (suspensão dos contratos de trabalho), vai discutir com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) outras alternativas para lidar com o excedente de pessoal da unidade. A fábrica tem 3,2 mil empregados, mas, com a retração do mercado brasileiro e das exportações, trabalha com ociosidade elevada desde o início do ano passado.
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Leia a matéria completaUma das propostas que deve entrar na mesa de negociações é a adesão da empresa ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), iniciativa do governo federal que permite a redução da jornada de trabalho e dos salários em empresas que nos últimos 12 meses fecharam postos de trabalho ou elevaram o quadro de pessoal em no máximo 1%. No programa, lançado em julho, o número de horas trabalhadas pode cair até 30%, e os salários, 15%, com parte da remuneração bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Termina no fim deste mês o período de layoff de um grupo de 570 funcionários da unidade da Volkswagen em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. Mas a fábrica não voltará a ocupar 100% do quadro de pessoal, pois na terça-feira (1.º de setembro) a montadora dará férias coletivas de 20 dias a 450 empregados, segundo informações do SMC. E isso faltando pouco tempo para o início da produção em escala comercial de seus dois novos produtos, o Audi A3 Sedan, em setembro, e o novo Golf, na sequência.
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Leia a matéria completaMontadora e sindicalistas começam a negociar na semana que vem o reajuste anual dos trabalhadores, e o PPE é uma das alternativas que a empresa deve apresentar para reduzir custos com pessoal.
“É cedo para falar, mas estamos vendo o que vamos fazer. O governo traz opções, mas ainda precisamos negociar com o sindicato o que faremos no futuro”, disse à Gazeta do Povo o diretor de produção da unidade paranaense, Volker Germann, que participou nesta quinta-feira (27) do 1.º Fórum Automotivo Regional do Paraná, promovido pela AutoData Editora.
“É claro que isso também depende da evolução do mercado”, disse Germann. Assim como boa parte dos executivos do setor, ele evita projetar em que momento o mercado brasileiro pode começar a se recuperar. “Não quero fazer especulações sobre o mercado. Sabemos que no longo prazo ele voltará a crescer.”
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