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Faltando pouco mais de 40 dias para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 24 e 25 de outubro, professores de cursinhos preparatórios enfatizam as melhores formas de estudar nessas últimas semanas . “O ideal seria, antes de tudo, o participante se preparar ao longo do ano e passar por essa reta final mais como um momento de verificação de conteúdo do que uma corrida contra o prejuízo”, afirma César Greca, coordenador pedagógico do curso Dom Bosco. “Mas sabemos que nem sempre é assim que acontece.”

As razões pelas quais muitos estudantes não chegam à prova em sua melhor forma são diversas. Da sobrecarga de estudos até a dificuldade dos candidatos que estudam e trabalham, sobra preocupação e insegurança. A estudante araucariense Bruna Cabrini, de 18 anos, está se preparando desde janeiro. É a segunda vez que fará o Enem e neste mês ela dobrou os horários de estudo. “Faço três horas diárias de cursinho. Agora estou estudando mais três horas em casa, principalmente Língua Portuguesa e Matemática, matérias que preciso reforçar.”

Há, no entanto, um grande número de estudantes que propositadamente não priorizaram os estudos em meses anteriores, mas fazem questão de comparecer ao exame. Para essa turma, Greca recomenda que, no mínimo, deem uma lida no conteúdo cobrado nas últimas edições. “Àqueles que deixaram tudo para a última hora, uma medida paliativa é resolver as provas anteriores. Isso auxiliará na compreensão do que o Enem exige de seu participante e lhe trará um pouco mais de confiança”, alega.

Desde 2009, o exame adotou a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como sistema de correção. Nesse modelo, o candidato é avaliado não só pela resposta assinalada em uma pergunta, mas em todo o seu desempenho no restante da prova, e de forma variada em cada item. A mudança obrigou os estudantes e cursinhos a se adaptarem. Quem estuda apenas para memorizar respostas ficou em desvantagem. “O Enem foge do velho esquema de decoreba”, explica Ângelo Ricardo de Souza, doutor em Educação e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “É uma prova mais inteligente e que exige do aluno não apenas domínio memorial das coisas, mas, sobretudo, capacidades de interpretação e assimilação, que não podem ser ensinadas de um dia para o outro”, diz ele.

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