José Araujo Netto, criador do Porks – Porco e Chope.
José Araujo Netto, criador do Porks – Porco e Chope.| Foto: Jonas Teixo/Divulgação

Conhecida por "cidade modelo", Curitiba é referência em urbanismo, sustentabilidade e qualidade de vida. Recentemente, a capital paranaense ganhou um novo predicado: o de negócios bem-sucedidos em alimentação. O Porks – Porco e Chope é um deles.

Criado em 2017 pelo empresário José Araújo Netto, o negócio foi transformado em franquia e cresceu exponencialmente desde 2020: o faturamento chegou a quadruplicar em dois anos. Foi de 16 unidades para 45 unidades em 2022, e seu faturamento, de aproximadamente R$ 18 milhões, chegou a R$ 81 milhões no ano passado. Para 2023, a rede almeja crescer 30% e bater a casa dos R$ 100 milhões anuais.

O Porks Bacon Burger, do Porks. Foto: Jonas Teixo/Divulgação
O Porks Bacon Burger, do Porks. Foto: Jonas Teixo/Divulgação

A primeira unidade foi aberta em frente a um grande cartão postal da cidade, o Museu Oscar Niemeyer (MON). Na época, a região ainda não era conhecida por botecos ao ar livre durante o dia, e o fluxo diurno era restrito às pessoas que frequentavam o museu e alguns eventos esporádicos que ocorriam no “parcão” do MON.

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Netto teve a ideia de abrir um bar em frente ao museu após uma viagem para Amsterdã, na Holanda, em que viu a quantidade de estabelecimentos do tipo ao redor do Museu Van Gogh. “A ideia é seguir modelos internacionais, com uma operação enxuta e descolada, sem garçons e preparos que podem ser consumidos nas mesas, de pé ou na rua”, define Netto, que apostou no desenvolvimento de um cardápio barato à base de carne de porco, sem cobrar taxa de serviço, nem couvert artístico.

As opções no cardápio gravitam em torno da carne de porco. São petiscos famosos do Porks o Porkspóca, uma pururuca de porco temperada com lemon pepper; o Torresmo de Tira e o Bei com Melado, que consiste em tiras de bacon crocantes com melado de cana.

O Porks Chope: franquia aposta em um cardápio barato, sem cobrança de 10% e com música ao vivo de graça. Foto: Jonas Teixo/Divulgação
O Porks Chope: franquia aposta em um cardápio barato, sem cobrança de 10% e com música ao vivo de graça. Foto: Jonas Teixo/Divulgação

O modelo de operação do Porks, em que o cliente faz o pedido diretamente no balcão e recebe na mesa, é fruto do comportamento do curitibano, segundo Netto.

“Somos um bar legitimamente curitibano”, ressalta. “Curitibano não gosta de dar gorjeta, não gosta de garçom demorado, quer resolver tudo na hora e não é muito fã de comidas exóticas. Curitibano gosta mesmo é do simples bem feito: boteco raiz, com cara de interior, mas que seja legal de ir e contar para os outros”.

O torresmo de tira, uma das porções do Porks. Foto: Jonas Teixo/Divulgação
O torresmo de tira, uma das porções do Porks. Foto: Jonas Teixo/Divulgação

A ideia pegou fora da cidade também: como franquia, o Porks conquistou outras cidades do Paraná e até Belo Horizonte, capital conhecida por sua tradição em comida de boteco. Atualmente, há unidades do Porks em cidades do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Pernambuco e Paraíba.