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Ojeda Moreno
Ojeda Moreno foi sequestrado no final do mês passado. Seu corpo foi achado sem vida na semana passada.| Foto: Reprodução/X/@agusantonetti

A polícia chilena segue investigando o desaparecimento e agora o assassinato do ex-militar venezuelano Ronald Ojeda Moreno, um opositor do regime de Nicolás Maduro.

Ojeda Moreno foi encontrado morto na sexta-feira (1º). Seu corpo foi estava dentro de uma mala, segundo as autoridades do Chile.

Nesta terça-feira (5), Ángel Valencia, promotor responsável pelo caso, apontou Walter Rodríguez Pérez, vinculado à facção criminosa do narcotráfico venezuelano conhecida como “Trem de Aragua”, como um dos suspeitos de ter envolvimento no crime.

Rodríguez Pérez, de 28 anos, é acusado pela promotoria como a pessoa responsável por vigiar e transportar Ojeda Moreno até o local onde seu corpo foi encontrado, em Maipú, uma comuna localizada na capital do Chile, Santiago. Neste momento ele está sendo procurado pela polícia chilena.

Conforme informações, Pérez já tinha outros tem mandados de prisão em aberto por envolvimento em outros sequestros que ocorreram no país.

A operação que resultou na morte de Ojeda Morena envolveu pelo menos sete pessoas com diferentes níveis de responsabilidade, segundo a polícia do Chile. Três veículos foram identificados no caso, e a investigação aponta para três autores diretos do crime.

Um jovem venezuelano de 17 anos, sem nome divulgado, ligado ao Trem de Aragua e com entrada irregular no Chile, também já foi detido e acusado pelo sequestro de Ojeda. A captura dele ocorreu após uma análise de câmeras de segurança e tráfego de chamadas.

Especialistas e opositores afirmam que a facção do Trem de Aragua pode estar funcionando neste momento como um braço armado do regime de Maduro, já que as autoridades venezuelanas tomam poucas iniciativas para combater o grupo criminoso.

No mês passado, Iván Simonovis, o opositor do regime chavista que denunciou o desaparecimento de Ojeda Moreno, levantou a hipótese de que Maduro poderia ter contratado o Trem de Aragua para sequestrar o ex-militar opositor.

Segundo Simonovis, isso “dificultaria a comprovação do envolvimento do regime venezuelano no caso” e “evitaria as complicações diplomáticas que poderiam surgir”.

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