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Obra do teólogo Walter Kasper, citada pelo papa Francisco, une reflexão teológica com profundas considerações espirituais, pastorais e sociais.

Foram vendidos 1,5 mil exemplares do livro Misericórdia, do teólogo Walter Kasper, nas quatro horas seguintes do papa Francisco tê-lo citado durante seu primeiro Angelus, no último domingo, segundo Lorenzo Fazzini, diretor da Editrice Missionária Italiana (EMI). Fazzini falou à Gazeta do Povo enquanto distribuía aos jornalistas um livro que ele afirma ser o primeiro sobre o sumo pontífice: Francesco, um Papa do Fim do Mundo. "Da autoria de Gianni Valente, é o primeiro sobre Bergoglio", disse o empresário, após a missa celebrada pelo papa na Praça de São Pedro, na concentração da imprensa.

O livro de Walter Kasper pode ser comprado por 25 euros, aproximadamente. Trata-se da última publicação do autor, lançada neste ano, entre as cerca de 30 do teólogo, registradas em livrarias italianas. A primeira da lista, em ordem cronológica, é Il Dogma Sotto la Parolla di Dio ("O dogma sob a palavra de Deus"), editada em 1968. Pode-se dizer que sua produção é intensa. Há anos, como em 2012, nos quais, sozinho ou com outro autor, publicou mais de três livros.

A reportagem foi às livrarias, ao redor do Vaticano, horas depois de Francisco ter citado o livro, mas as compras foram feitas de forma discreta porque não dispunham de muitos exemplares. Ainda permaneciam em destaque as promoções especiais dos livros de Bento XVI, um papa que vendeu mais livros que qualquer outro tipo de objeto comercial, segundo as estatísticas das lojas locais.

Kasper nasceu em Heidenheim an der Brenz, povoado no Sul da Alemanha, próximo à Baviera, no 5 de março de 1933. Com 80 anos, ele é presidente Emérito do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, que dirigiu de 2001 a 2010.

Síntese

O subtítulo de Misericórdia é "Conceito fundamental do Evangelho. Clave de Vida Cristã". Na obra, Kasper considera a misericórdia como núcleo e síntese da revelação bíblica sobre Deus, unindo reflexão teológica com profundas considerações espirituais, pastorais e sociais. Segundo críticos da literatura religiosa, a obra convida a aprofundar em consequências práticas que derivam da misericórdia. Para o cardeal alemão, criado por João Paulo II em 2001, a misericórdia de Deus não se limita a evocar sentimentos de compaixão, mas envolve consequências para a vida de cada cristão, para a prática pastoral da Igreja e para uma ordem social digna e justa.

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