O Irã não enviará seu urânio para ser enriquecido no exterior, disse um funcionário graduado da segurança no país, renovando a rejeição do governo às propostas das Nações Unidas que têm como objetivo reduzir as preocupações a respeito das ambições nucleares de Teerã.
"Nenhum combustível deverá sair do Irã", disse o vice-secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Bagheri, citado pela agência de notícias Mehr.
O envio de mais de 70% do urânio pouco enriquecido do Irã é a peça central do acordo proposto por seis países, segundo o qual o Irã receberia de volta o urânio enriquecido no nível de 20%, requerido para botar em funcionamento o reator de pesquisas de Teerã. O urânio seria enriquecido na França e na Rússia.
Bagheri é o segundo funcionário em autoridade no Conselho após Saaed Jalili, que chefia a instituição e é o principal negociador nuclear do Irã. Ele disse que o Irã está pronto apenas para concordar com uma troca de urânio dentro do país.
Ele disse que os seis países "conhecem a posição do Irã e se quiserem discordar com a troca de urânio (dentro do Irã) já teriam feito isso". Bagheri diz que o reator da usina precisa receber o urânio enriquecido no mesmo momento em que entregar os estoques do mineral para enriquecer. O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que ajudou a escrever o rascunho do acordo, disse que qualquer troca dentro do Irã é inaceitável às potências ocidentais. Os seis países são os cinco permanentes do Conselho de Segurança, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China e Rússia, mais a Alemanha.
Os governos ocidentais apoiam o plano atual, uma vez que acreditam que ele deixará ao Irã pouco urânio com baixo enriquecimento para fazer uma bomba atômica.
Ele temem que, se a troca for feita no Irã, o governo poderá desviar secretamente parte dos estoques e então enriquecer o urânio a níveis bem mais altos para construir uma bomba atômica, uma ambição que os funcionários iranianos negam.
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