A Direção de Investigação Independente da Polícia da África do Sul (IPID, por sua sigla em inglês) encontrou cerca de 300 cápsulas de bala no local onde ocorreu o ataque que matou 38 mineiros na quinta-feira passada, informou neste domingo (19) a imprensa local.
O jornal "Sunday Tribune" acrescentou que os investigadores do IPID têm em seu poder 45 armas que teriam sido utilizadas no massacre, apontado como o pior episódio de violência nos pais desde o fim do regime do apartheid.
"Até o momento encontramos 300 balas e 45 armas de fogo, que estão sendo periciadas", disse ao jornal uma fonte da polícia que pediu para não ser identificada.
As autoridades convocaram 180 pessoas para deporem sobre o caso, que ocorreu durante uma greve dos trabalhadores da empresa Lonmin, que explora uma mina de platina em Marikana.
Os mineiros, armados de paus e facões, protestavam pelas condições de trabalho impostas pela Lonmin. Segundo a versão oficial, os operários atacaram a polícia, que agiu em legítima defesa.
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, anunciou a criação de um comitê para analisar o ocorrido pouco após visitar o lugar do massacre.
Além disso, a ministra de Recursos Minerais da África do Sul, Susan Shabangu, afirmou ontem que será formada uma comissão, formada por membros da indústria, sindicatos, representantes do governo e líderes tradicionais para examinar as leis trabalhistas no setor minerador.
-
Entenda o papel da comissão do Congresso dos EUA que revelou os pedidos sigilosos de Moraes
-
Resumão da semana: Tio Paulo e a semana em que o Brasil enlouqueceu de vez
-
Lula chama Moraes para jantar e falar sobre um tal de Elon Musk
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião