• Carregando...
 |
| Foto:

Bom dia!

A terceira greve do ano terá muito pouco de geral. Ao contrário de 28 de abril, quando a adesão de categorias fundamentais e a obstrução de vias privaram o cidadão de serviços essenciais e da possibilidade de chegar ao trabalho, a mobilização de hoje terá efeito limitado. 

O medo de multas na Justiça fez algumas categorias riscarem a greve do calendário. É o caso dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo. As centrais sindicais alegam que a reforma trabalhista, mote oficial da mobilização, é menos catalisadora de insatisfação do que a da Previdência, forte nos protestos de abril. O aceno do governo federal com a ressurreição do imposto sindical também abala o ímpeto do movimento, que deve ficar restrito a atos de menor impacto nas maiores cidades do país, especialmente Rio, Brasília e São Paulo.

Curitiba resume bem o espírito desta sexta-feira. Os atos vão se concentrar no Centro e na Cidade Industrial. A adesão de professores e bancários deixará as escolas públicas e bancos vazios e o trânsito na CIC deve ser prejudicado pela participação de metalúrgicos, mas o ônibus funcionará normalmente.

O governo do Paraná novamente irá descontar o ponto dos servidores que faltarem, mas a prefeitura de Curitiba ainda não tem uma política definida. Confira quais categorias irão aderir e em que nível no Paraná.

A reforma da reforma

Prevista para ser votada no plenário do Senado na semana que vem, a reforma trabalhista sofrerá um pacote de mudanças. Michel Temer autorizou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) a listar pontos da reforma a serem alterados em medida provisória após a sanção presidencial. Serão sete ao todo. O pacote inclui o condicionamento da jornada de 12 por 36 horas a acordos coletivos e o escalonamento do fim do imposto sindical, entre outras coisas.

Mesmo com os ajustes, a reforma trabalhista continua sendo uma modernização na legislação brasileira. Pena que freada por artifícios como este pacote construído por Jucá ou a inexplicável atitude do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a revogação da lei das terceirizações. Este é o assunto do editorial “O Brasil na corrida maluca”.

O Brasil é como um caminhão carregado parado em uma subida. Precisa de muito combustível para acelerar e conseguir subir. A Reforma Trabalhista seria o equivalente a engatar a primeira marcha e pisar fundo para conseguir avançar, mesmo que em velocidade baixa. O problema: o motorista é um barbeiro. E basta errar uma marcha para recuar muitos metros.

Rito de saída

O que também caminha em marcha lenta é a análise da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. A denúncia foi lida ontem, na Câmara, sob a presença de apenas 10 dos 503 deputados. Depois, Temer recebeu notificação no Palácio do Planalto, o que disparou a contagem do prazo de defesa.

A tramitação começa pela Comissão de Constituição e Justiça e pode levar até 30 dias. Ou seja, o recesso parlamentar, em meados de julho, pode jogar a apreciação da denúncia para o fim do terceiro trimestre de 2017. 

Aliada ou vilã?

Raquel Dodge foi nomeada na quarta-feira nova procuradora-geral da República e, desde então, a pergunta é uma só: a nova chefe da Lava Jato vai encorpar ou esvaziar a operação? Bruna Borges mostra que a forma como Raquel Dodge foi escolhida fará com que ela precise provar diariamente o apoio que diz dar à Lava Jato.

Checagem ou censura?

No tribunal vivo da internet, a questão do momento é se a checagem de dados (fact-checagem) pode configurar censura. A polêmica nasceu de um embate entre a Agência Pública e o Movimento Brasil Livre. Renan Barbosa ouviu especialistas para encontrar a resposta e, de quebra, traz o resultado do escaneamento de informações reveladas pelo MBL sobre reincidência criminal e regime semiaberto no Brasil.

Impacto

Uma iniciativa inédita no jornalismo brasileiro foi lançada esta semana. Gazeta do Povo, Folha de S. Paulo, Veja, Nexo e Nova Escola se uniram ao Google para medir o impacto do conteúdo feito por suas redações, no projeto Impacto.Jor. O que isso significa? Que mostraremos por A mais B as transformações na sociedade promovidas pelo jornalismo que você financia com a sua assinatura e o seu anúncio.

Não é bem assim

Checagem de dados foi o que Rosana Félix fez diante da divulgação pelo governo do Paraná de que um estudante universitário no estado chegaria a custa perto de R$ 16 mil por mês. O resultado só bate com uma pouco justificável divisão entre orçamento total e número de formandos. A conta correta derruba o custo para R$ 2 mil.

O Rogério Galindo diz com todas as letras o que a “sutil” adequação nos critérios significa: se a conta do governo apontava estudantes caros como os de Harvard, a conta real mostra que eles custam menos que presidiários.

Um 7 a 1 diferente

Felippe Hermes explica (ou tenta explicar) como o Brasil consegue perder para a Mongólia no índice de liberdade econômica. Em resumo, mais um resultado da série erros que cometemos há anos ao criar condições que inibem ao invés de estimular o desenvolvimento no país.

Efeito prático

A certidão negativa dos nossos erros está estampada, por exemplo, no estudo da Ong Anjos do Brasil. Em 2016, caiu o número de investidores-anjo no país. A boa notícia é que eles reforçaram a aura angelical ao destinar um volume total maior de recursos a startups.

Hoje é sexta-feira

O primeiro fim de semana de julho reserva um pacote parrudo de atrações de entretenimento em Curitiba. Tem de Corrida do Milhão da Stock Car a restaurante que mistura hambúrguer e jogos eletrônicos e de filme novo de Sofia Coppola a show do Chitãozinho & Xororó. Tudo isso e muito mais no Guia Gazeta do Povo, com descontos incríveis do Clube Gazeta do Povo. Aprecie (o fim de semana) com moderação - e o Clube, sem nenhum freio.

Este resumo é publicado de segunda a sexta-feira, sempre às 6 horas, e atualizado ao longo da manhã. Também é enviado por notificação para quem tem o aplicativo da Gazeta do Povo no celular (Android ou iOS).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]