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Paralisação dos metalúrgicos da Renault foi determinada após divergências na negociação de reposição salarial e pagamento de PLR.
Paralisação dos metalúrgicos da Renault foi determinada após divergências na negociação de reposição salarial e pagamento de PLR.| Foto: Divulgação / Renault do Brasil

Os trabalhadores do complexo industrial da Renault, no município de São José dos Pinhais (PR), entraram em greve nesta quarta-feira (8). A paralisação foi definida em uma assembleia realizada na última terça-feira (7) durante uma discussão sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e um reajuste salarial para a categoria. A direção da empresa disse, em nota, que foi pega de surpresa pela decisão dos trabalhadores.

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O complexo, instalado na Região Metropolitana de Curitiba, é responsável pala fabricação dos modelos Kwid, Stepway, Oroch, Duster e Kardian – este último passou a ocupar a linha de produção do Stepway 1.6, descontinuado pela montadora francesa. Além dos mais de 4 mil metalúrgicos, os funcionários da Horse, fornecedora de motores instalada no complexo, também paralisaram as atividades por tempo indeterminado.

Para sindicato, Renault precisa reconhecer o trabalho dos metalúrgicos

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), entidade que representa os trabalhadores, rejeitou a proposta feita pela Renault para o pagamento da PLR. Segundo o sindicato, o pagamento foi dividido em duas parcelas, sendo a primeira, de R$ 18 mil, prevista para ser creditada aos metalúrgicos no próximo dia 10. A segunda parcela e a data-base da categoria seguiriam em aberto, sem uma definição de datas e valores.

“A reivindicação é por uma proposta que englobe tanto a PLR já com valor total como a Data Base que recomponha os salários com a reposição da inflação mais aumento real. A fábrica tem funcionado a pleno vapor com o trabalhador se dedicando com afinco na produção. É preciso que a empresa reconheça isso e já apresente uma proposta completa”, ressalta o presidente do SMC, Sérgio Butka.

Renault afirma que segue aberta para o diálogo

A paralisação ocorre poucos meses após o anúncio da Renault de um investimento de R$ 2 bilhões no complexo industrial paranaense para a produção de um novo SUV sobre a plataforma modular do Kardian. Em nota, a Renault afirma que não foi respeitado o prazo previsto em lei para o anúncio da greve. Ainda assim, reforça a montadora, o diálogo com os trabalhadores segue aberto.

Confira a nota da Renault sobre a greve dos metalúrgicos

"A Renault do Brasil informa que em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) foi decretada paralisação das atividades de produção por tempo indeterminado. Recebemos esta informação com surpresa, visto que as negociações para a renovação do PPR e Acordo Coletivo de Trabalho estavam em andamento, e não foi respeitado o prazo legal para aviso de greve. A Renault do Brasil permanece aberta para dialogar".

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