O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu a “imparcialidade” do ministro Alexandre de Moraes nos julgamentos dos casos que atingem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no contexto dos atos do dia 8 de janeiro. A declaração foi dada durante entrevista concedida à CNN Brasil, neste sábado (23).
Gilmar foi questionado sobre o tema por conta dos pedidos feitos pela defesa de Bolsonaro para que Moraes seja declarado impedido de julgar os casos, uma vez que o ministro se coloca como vítima ao mesmo tempo em que atua como investigador e julgador nos casos. A visão da defesa do ex-presidente é compartilhada por diversos juristas.
“Não faz sentido algum porque não há nenhum ato do ministro Alexandre que justifique esse impedimento ou a quebra dessa imparcialidade. Pelo contrário, decidiram atacá-lo porque ele estava cumprindo um mister institucional de defesa das instituições”, afirmou Gilmar.
O ministro também defendeu a “segurança” das urnas eletrônicas e acusou o entorno de Bolsonaro de tentar tumultuar as eleições de 2022.
No dia 16 de março, durante entrevista à TV 247, Gilmar Mendes disse que a anistia em relação aos réus do 8 de janeiro é “incogitável” e que os depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas revelam “intentos golpistas” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após as eleições de 2022.
Como mostrado pela Gazeta do Povo, apesar da declaração, o ministro já negou, no passado, que tenha havido “tentativa de golpe” durante as manifestações do 8 de janeiro.
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