O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a chamar a ação militar de Israel na Faixa de Gaza de “genocídio”. O mandatário discursou nesta quarta-feira (28) durante a 46ª Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), realizada em Georgetown, na Guiana. As acusações de Lula contra Israel se intensificaram desde o último dia 18, quando ele comparou a ofensiva israelense em Gaza com o extermínio de judeus pelo nazismo.
“Uma guerra na distante Ucrânia afeta todo o planeta, porque encarece os preços dos alimentos e dos fertilizantes. Um genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade”, afirmou. Ele destacou que "guerras provocam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis inocentes" e disse que o "Brasil seguirá lutando pela paz mundial".
Lula também criticou os gastos militares de países ricos em meio aos impactos da fome e da crise climática. “Não é possível que o mundo gaste por ano US$ 2,2 trilhões em armas”, disse o presidente brasileiro.
“Não é possível que num planeta que produz comida suficiente para alimentar toda a população mundial, cerca de 735 milhões de seres humanos não tenham o que comer. Não é possível que os países ricos, principais responsáveis pela crise climática, continuem descumprindo o compromisso de destinar US$ 100 bilhões anuais aos países em desenvolvimento, para o enfrentamento da mudança do clima”, reforçou.
Após a passagem pela Guiana, o presidente seguirá para São Vicente e Granadinas, no Caribe, onde ocorrerá a 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Apesar de não oficializada, a expectativa é que Lula tenha um encontro bilateral com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em paralelo a Celac, na sexta-feira (1º).
Lula chamou Netanyahu de genocida
Nesta terça (27), Lula afirmou que Israel quer “efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza” e chamou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de genocida. “O que eu quero dizer em alto e bom som é o seguinte: o primeiro-ministro de Israel está praticando genocídio contra mulheres e crianças. Esse é o dado histórico”, disse o chefe do Executivo brasileiro em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, na RedeTV.
“Considero um genocídio, porque é um Exército amplamente armado atacando uma parte da sociedade indefesa. O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza. É isso. É exterminar aquele espaço territorial com o povo palestino para que eles ocupem. É isso, não tem outra explicação", reiterou Lula durante a entrevista.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Governo Tarcísio vê sucesso na privatização da Emae após receber três propostas
Deixe sua opinião