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Em palestra na OAB, presidente do STF, Luís Roberto Barroso, avalia que há em curso uma “articulação global de extrema-direita” nas redes.
Em palestra na OAB, presidente do STF, Luís Roberto Barroso, avalia que há em curso uma “articulação global de extrema-direita” nas redes.| Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O partido Novo publicou um editorial nesta terça-feira (23) com críticas ao ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, por ele comparar a apuração dos Twitter Files no Brasil com uma “articulação global de extrema-direita”.

O comentário do Novo refere-se a uma fala de Barroso feita em um evento do Conselho Federal da OAB sobre a liberdade de expressão, na última sexta-feira (19). Na ocasião, o presidente do STF afirmou que há em curso uma “articulação global de extrema-direita” que se utiliza das redes sociais.

“O que está se vendo hoje na imprensa é uma articulação global extremista, de extrema-direita, que se utiliza das plataformas digitais para espalhar ódio, desinformação, teorias conspiratórias e destruir reputações”, disse Barroso.

De acordo com o Novo, "ao atribuir as críticas à atuação do STF e do TSE a uma conspiração liderada por extremistas, Barroso quer minar a credibilidade de todos os que ousam denunciar os abusos de poder da Corte". "Não bastasse a censura direta, estamos diante da exclusão  do próprio pensamento de oposição no debate público" ressalta o partido.

"A tentativa de enquadrar a defesa da liberdade de expressão como ataques da “extrema-direita” à democracia não é coincidência: é um ato político, que visa enfraquecer todo o campo da direita", alerta o partido.

Na avaliação do Novo, toda discordância com as narrativas do governo vem recebendo o selo de extrema-direita. "O mesmo esvaziamento semântico que ocorreu com o termo “fascista”, que a esquerda repetiu em tantos contextos a ponto de fazê-lo perder  significado, agora acontece com a extrema-direita. Fica a impressão de que a direita deixou de existir no país", explica o partido.

O Novo ainda aponta que "no Brasil, a extrema-esquerda goza do privilégio de existir dentro do rol de opiniões aceitáveis. Já a direita sequer tem a permissão de existir".

"O problema no Brasil é que, além da exceção ter virado regra, garantias individuais estão sendo desrespeitadas, à revelia do que diz a lei e a própria Constituição. Apontar essas violações não é, nem deve ser, coisa de “extremistas”", ressaltou o partido.

A defesa da liberdade expressão ganhou mais força após a revelação do relatório da Câmara dos Estados Unidos que acusa o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de censurar perfis da direita do Brasil no X.

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