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A falta do Pai Simbólico
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Por Natália Vilarouca, publicado no Instituto Liberal

Há algum tempo fiz um trabalho sobre os dez anos do ECA e gostaria de compartilhar algumas informações com vocês neste texto. O trabalho foi realizado em grupo e fiquei responsável pela parte psicossocial da violência do menor em conflito com lei, pois a disciplina era psicologia jurídica.

Nós nos perguntamos sempre sobre o que leva uma criança a delinquir. Os estudos nessa área mostram que psicologicamente falta nas crianças e adolescentes em conflito com a lei a estrutura do Pai Simbólico. Essa estrutura é formada a partir do rompimento da relação simbiótica que a criança possui com a mãe nos seus primeiros anos de vida. Quem forma esta estrutura é a figura paterna forte, a religião ou a educação. O Pai simbólico é responsável pelo sentimento de alteridade, respeito, obediência e adequação social.

Nas comunidades mais carentes o que mais se observa é a falta do pai. A maioria das famílias nestes ambientes é chefiada por mulheres. Não existe uma figura paterna forte para controlar os instintos. A figura materna, muita vezes, é insuficiente para criar essa sensação de que existem freios. Então a criança perde a noção de alteridade e pensa que pode fazer tudo.

Diante desses termos muito me assusta ideologias como o feminismo radical que tem como escopo aniquilar a figura masculina e jogá-la para os confins do esquecimento. Para os tomadores dessa crença é como se a humanidade não necessitasse de feminino e masculino para se construir e a violência não tivesse sua semente nas falta de educação emocional e entendimento entre os sexos.

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