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Cinco brasileiros são presos tentando entrar ilegalmente nos EUA: isso só vai aumentar!
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Policiais do Estado de Tamaulipas, no norte do México, interceptaram cinco brasileiros e outras dezessete pessoas de outras nacionalidades, entre elas sete crianças, tentando entrar ilegalmente nos Estados Unidos. O Grupo de Coordenação de Tamaulipas, formado por órgãos de segurança federais e estaduais, indicou em comunicado que os imigrantes foram detidos em três operações realizadas nos municípios de Reynosa, Novo Morelos e Matamoros, após denúncias.

No total, foram 22 pessoas detidas pelos agentes. Além dos cinco brasileiros, estão no grupo doze hondurenhos e cinco salvadorenhos. Segundo a investigação, eles pagaram para os chamados ‘coiotes’ para poderem ser guiados pelas trilhas que atravessam a fronteira do México com os EUA. “Essas pessoas foram flagradas em agrupamentos de coiotes e esperando o momento para poder atravessar a fronteira dos Estados Unidos”, indicaram as autoridades mexicanas no comunicado. “Os estrangeiros receberam atendimento necessário. Depois foram colocados à disposição do Instituto Nacional de Migração para receberem assistência diplomática e garantirem um retorno assistido aos seus países”, relata a nota. Os detidos não tiveram suas identidades reveladas pelas autoridades.

O tema imigração é, sem dúvida, o mais quente nessas preliminares da eleição americana de 2016. A meteórica ascensão de Donald Trump, visto como bufão por muitos, deve-se totalmente ao seu discurso contra a postura leniente de Obama em relação aos imigrantes, especialmente os mexicanos, além do fato de ele representar o “anti-establishment”, o que captura a simpatia de todos aqueles cansados dos atores de Washington. Trump, ao menos, diz o que quer…

A Fox News tem dado bastante cobertura ao assunto, mostrando o caso da menina morta por um imigrante mexicano. O canal de direita bate bastante na tecla das “Sanctuary cities”, as cidades que dão abrigo aos imigrantes ilegais nos Estados Unidos. O assassino em questão tinha sido preso cinco vezes, mas sempre acabou solto e protegido por essa legislação. O clima de revolta acaba se voltando contra os imigrantes em geral.

Ann Culter, a conhecida polemista conservadora, lançou um livro novo cujo título diz tudo: Adios, America! Ela acusa a esquerda Democrata de flertar com os imigrantes, inclusive os ilegais, de forma populista, o que transformará os Estados Unidos num país de Terceiro Mundo, em uma espécie de novo país latino-americano no Norte.

Os debates têm sido intensos, e muitas vezes geram mais calor do que luz. Há populismo de ambos os lados, há xenofobia, mas há também pontos válidos do lado conservador. Sim, a América foi feita à base de imigrantes, como tantos costumam lembrar. Mas, como eles esquecem, eram imigrantes em busca de oportunidades de trabalho, sem um sistema de welfare state benevolente como há hoje, graças à esquerda. Misturar imigração desimpedida com estado de bem-estar social é catástrofe certa, como já argumentei aqui.

O fenômeno “carona grátis” é evidente, e os populistas sabem disso, oferecendo vantagens à custa dos pagadores de impostos, em busca de votos. Os Democratas fazem isso muito bem, e a revolta vai aumentando do outro lado. Os Republicanos acabam, então, posando de contrários a imigração em geral, o que não é o caso. O problema em si não é a imigração, e sim como ela é feita (controlada ou não, legal ou ilegal), e se há contrapartida em um estado inchado e benevolente, o que atrai os piores e custa muito caro aos trabalhadores.

A questão do crime tampouco pode ser ignorada em nome do politicamente correto e do medo de ser acusado de “preconceito”, já que muitos criminosos são mesmo imigrantes protegidos pelo governo de alguma forma. Isso gera uma série de problemas que a Europa já conhece muito bem. Os americanos terão de lidar com esses riscos e ameaças, de preferência sem se fechar numa redoma xenófoba. Terão de evitar o risco de ser mais uma nação dominada pelo populismo também. Desafios enormes à frente!

PS: O fluxo imigratório vai aumentar do Brasil para os Estados Unidos por conta da crise brasileira e também porque muitos estão cansados da subversão de valores. Curioso que nunca vemos um fluxo muito grande de americanos para países latinos mais esquerdistas. Por que será?

Rodrigo Constantino

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