Por Adolfo Sachsida, publicado pelo Instituto Liberal
Em primeiro lugar deixo aqui registrado meus sentimentos a toda população alemã vítima de mais um ataque terrorista covarde.
Como podem notar o Estado Islâmico quer apavorar nossa sociedade impedindo-nos de comemorar o Natal. Essa é mais uma das estratégias covardes desse grupo que não se importa em matar mulheres e crianças. Desnecessário também dizer que esse é mais um ataque terrorista realizado por um grupo islâmico.
Mas o Estado Islâmico não é o primeiro a combater o Natal em nossa sociedade. Há muitos anos um grupo começou a cruzada contra o Natal dentro de nossa própria sociedade. Para eles era errado dizer FELIZ NATAL. Afinal, isso soaria ofensivo a outras religiões que não seguissem a crença crista. Sim, meus amigos. Vocês já desconfiaram e estão certos: muito antes do Estado Islâmico, o Natal já era vítima do politicamente correto.
Os adeptos do politicamente correto argumentavam que deveríamos trocar o tradicional Feliz Natal pelo termo neutro Boas Festas. Boa parte da população demorou para entender essa mudança sutil. Grandes empresas embarcaram nessa onda. Os intelectuais aplaudiram, argumentavam que isso facilitaria a assimilação de outros grupos dentro de nossa sociedade. O resultado esta aí para quem quiser ver: abrir mão de nossas tradições não irá fazer com que grupos radicais do islã nos vejam com olhos amistosos.
O mundo ocidental é baseado na filosofia grega, no direito romano, e na moral judaico-cristã. Abrir mão de nossos princípios, dos fundamentos de nossa sociedade, na crença de que isso facilitará a assimilação de outros grupos é um erro. Os fundamentos de nossa sociedade são fortes e inclusivos o suficiente para permitir a assimilação de novos grupos que venham para respeitar nossas tradições. Nossa sociedade possibilita inclusive que esses novos grupos, desde que não preguem nossa destruição ou que atentem contra nossos fundamentos, mantenham suas próprias tradições.
A civilização ocidental é o que existe de mais avançado e inclusivo em nosso planeta. Mas manter nossa liberdade não é isento de custos ou de sacrifícios, e abrir mão de nossas tradições em nada irá nos ajudar a enfrentar os desafios que nos ameaçam.
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