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Máfias sindicais. Literalmente!
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Uso a expressão “máfias sindicais” há muito tempo, para designar esses sindicatos poderosos, liderados por pelegos, que praticam simbiose com o estado e acabam prejudicando os próprios trabalhadores que dizem ajudar.

O termo não é exagerado. Agem como verdadeiras máfias muitas vezes. É caso de polícia tanto quanto de política.

Na Inglaterra de Thatcher, usavam violência com frequência para intimidar a estadista reformista, disposta a comprar briga com os mafiosos e cortar as mamatas que enriqueciam os líderes sindicalistas à custa do povo.

Pois bem: vejam como esses sindicatos podem agir aqui no Brasil também. Parece cena de filme do Tarantino, coisa de bandido mesmo. Eis a notícia:

Dois funcionários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) foram baleados na manhã desta quinta-feira (5), por volta das 4h45, durante o início de uma manifestação que acontecia em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Rio, os feridos foram encaminhados para o Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior.

[…]

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Rio, que apoia o protesto, mas não o organizou, os funcionários foram atingidos durante um tumulto, alvejados por seguranças contratados por outro sindicato, cuja coordenação seria contrária às reivindicações dos manifestantes. A Polícia Civil ainda não havia divulgado informações sobre a dinâmica do crime, até as 9h10, ao ser procurada pelo G1.

Ao Estadão, o assessor do Sinticom, Marcos Hartung, alega que os conflitos têm um fundo político:

A ação não tem o respaldo do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Pesada, Montagem e Manutenção (Sinticom) da região, que teve um carro incendiado no protesto de ontem, na BR-116. Para o assessor do Sinticom, Marcos Hartung, os conflitos têm um fundo político. “O Comperj é uma obra muito grande, são 28 mil homens. É muito cobiçada por gerentes sindicais. Desde 2011 temos problemas com grupos radicais”, disse. “Eles querem tomar o sindicato. Tem R$ 800 mil de arrecadação por mês por trás. Cresceu o olho.

Bang-bang sindical em obra ligada à Petrobras. Grevistas violentos e sindicatos igualmente violentos para impedir a greve. E eu me pergunto: onde está a liberdade individual de escolha? Fazer greve é um direito liberal, claro, desde que não seja imposta aos que preferem continuar trabalhando. O mercado livre de trabalho resolve pacificamente aquilo que acaba decidido no tiro por sindicatos.

Resta saber qual será o estadista brasileiro que irá comprar essa fundamental briga com as máfias sindicais e cortar seu cordão umbilical com as tetas estatais. Um primeiro passo evidente é abolir o “imposto sindical” e transformar toda adesão individual algo totalmente voluntário. O segundo passo é flexibilizar as leis trabalhistas e permitir contratos mais livres entre trabalhador e patrão, sem tanta interferência sindical.

É coisa para macho mexer nesse vespeiro. Ou então uma legítima “Dama de Ferro” corajosa feito Thatcher. Que apareça logo um estadista para colocar esses sindicalistas em seu devido lugar…

Rodrigo Constantino

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