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O problema é o duplo padrão, o foco prioritário no meliante
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O que muitos ainda não entenderam, e isso vai da esquerda à direita, é que o cerne da questão, quando o assunto é o jovem marginal preso ao poste, está na desproporção entre a atenção que bandidos e “justiceiros” recebem dos defensores dos “direitos humanos”.

A pessoa pode condenar o ato dos “justiceiros”, pode defender o estado de direito, mesmo que extremamente falho em nosso país. Foi exatamente o que eu fiz. Mas isso não a impede de ficar chocada e revoltada com o fato de que muitos saem da toca apenas quando é para defender meliantes. Eis o ponto!

O mesmo ocorre nos temas globais. É gritante a desproporção entre a atenção dada às vítimas do governo americano, por exemplo. mesmo quando são terroristas abusados por militares em prisões, e a tantos outros, infinitamente melhores, civis inocentes, que sofrem nas mãos de ditadores sob o silêncio sepulcral destes mesmos defensores dos direitos humanos.

A China, para dar um exemplo, executa centenas de pessoas por ano, em julgamentos totalmente arbitrários e injustos, fechados para a comunidade internacional, enquanto a ONU sequer a condena por abusos de direitos humanos – com o apoio do Brasil, diga-se de passagem.

Em diversos países da África, como Zimbábue, milhares de inocentes são perseguidos ou executados por ordens diretas do ditador Robert Mugabe, mas nada se escuta sobre tais atrocidades pela boca dos nobres pacifistas. Os cristãos são perseguidos por islâmicos, mortos, e a turma dos direitos humanos nada diz.

Em Cuba, mais de quinze mil foram ceifados no paredon e a revolta gerada não chega aos pés do que vemos em relação aos abusos do Exército americano no Iraque. Na verdade, nem há revolta, pois a barbárie é justificada como necessária em nome da “nobre” causa. Os exemplos são infindáveis.

Portanto, a indignação vem deste duplo padrão, deste foco prioritário no meliante, no marginal, no que há de pior, enquanto as pessoas decentes, as verdadeiras vítimas, são sempre ignoradas pelos “abnegados” esquerdistas.

Esse leitor mandou uma carta para o jornal capturando a essência desse tipo de desabafo. Que fique bem claro: não é aplaudir os “justiceiros”, é se revoltar contra a tremenda hipocrisia daqueles que só entram em campo quando é para lembrar dos direitos dos criminosos. Vejam:

Meliante

Pergunto: é ou não revoltante as duas caras das ONGs esquerdistas que se arrogam a luta pelos “direitos humanos”?

Rodrigo Constantino

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