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Xexéo e os Ninjas
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Artur Xexéo fez sua análise da entrevista com Bruno Torturra e Pablo Capilé no Roda Viva. Sua conclusão foi a mesma que a minha, e ninguém poderá “acusá-lo” de liberal, reacionário, conservador. Diz o colunista do GLOBO:

Desafio qualquer espectador do “Roda viva” da última segunda-feira, aquele que marcou a despedida de Mario Sergio Conti da apresentação, a jurar que entendeu o discurso da dupla Pablo Capilé e Bruno Torturra, os criadores da estrelinha da temporada, a Mídia NINJA. Capilé é especialmente confuso. Para explicar o inexplicável, ele pede ajuda a expressões enigmáticas como “recurso macro”, “multiparcialidades”, “salto quântico”, “microindignações”, “midiativismo” e “midialivrismo” e continua deixando o espectador na dúvida de como é empregado o auxílio de R$ 800 mil que sua organização recebeu da Petrobras ou o patrocínio que vem do Governo do Estado de São Paulo. São tantos os braços da superorganização — Fora do Eixo, Casa Fora do Eixo, Mídia NINJA, Rede Brasil de Festivais — que fica difícil mesmo saber o que vem de onde e o que vai para quem. Torturra, embora também tropece em expressões feitas (“editoria verticalizada”, “teia editorial”, “crise narrativa”), é realmente mais articulado e supostamente menos radical. Os dois são a versão… hummm… jornalística da dupla policial mau/ policial bonzinho do cinema americano. Se este é o melhor exemplo da “nova mídia”, nosso futuro é tenebroso.

Exato! Cheguei a comentar com minha esposa no dia, que considerava Bruno Torturra o mais perigoso da dupla. Capilé é caricato demais, parece um comunista daqueles que todos conhecem, e que não merecem um pingo de atenção. Do tipo que a melhor arma contra ele é deixá-lo falar!

O outro é mais articulado, parece pensar mais antes de responder, e sabe embalar a mensagem em invólucro mais leve, sutil. O que não quer dizer, claro, que o conteúdo seja realmente menos radical. Como apontou Xexéo, as palavras de ordem estão lá também. E parecia que a dupla tinha descoberto o termo “narrativa” naquele dia…

Enfim, eu e Xexéo temos a mesma visão nesse assunto específico: Se este é o melhor exemplo da “nova mídia”, nosso futuro é tenebroso.

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