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Petrobras usada uma vez mais como instrumento político, dessa vez para manipular o câmbio.
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Deu no Correio Braziliense:

O governo usou a Petrobras para diminuir a tensão no mercado de câmbio, na terça e na quarta-feira, e permitir que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual a Taxa Selic foi elevada para 9% ao ano, transcorresse em clima de maior tranquilidade. Segundo fontes de instituições financeiras, a estatal trouxe um total de US$ 1,5 bilhão, naqueles dois dias, de contas que mantém no exterior para bancar suas operações internacionais. O movimento derrubou a cotação do dólar, que até então vinha em forte trajetória de alta, chegando a bater em US$ 2,45 nos momentos de maior nervosismo. Com a ação da estatal, a moeda recuou para R$ 2,33 no meio da semana.

O movimento, contudo, só durou o suficiente para aliviar a pressão sobre os integrantes do comitê. Ontem, depois de dois dias de queda, o dólar terminou o pregão com alta de quase 1%, cotado a R$ 2,37. Com isso, a divisa acumulou na semana uma valorização de 0,71% e, no mês, de 3,84%. No ano, a moeda já subiu 15,91%. Procurada, a Petrobras não quis comentar o assunto.

Apenas mais um absurdo na lista quase infindável da estatal. Sempre usada para fins políticos, eleitoreiros, e para o inferno com o interesse dos acionistas minoritários, do próprio povo, que via o estado, é o dono da empresa. O governo ainda pensa ser possível enganar todos o tempo todo.

Ao manipular o câmbio de um dia, somente para gerar mais tranquilidade durante a decisão do Copom, o governo ignora que tal tranquilidade é totalmente ilusória, passageira. E, para tanto, faz com que a estatal venda dólar mais barato, pressionando-o para baixo em relação ao real, apenas para comprar mais caro depois, na hora de reverter a operação. Quem paga pela malandragem? Os acionistas da estatal, ora!

Alguém fica surpreso ao ver o desempenho de suas ações nos últimos anos?

A destruição de valor é visível. Ano após ano a Petrobras perde bilhões em valor de mercado. Nem uma empresa de petróleo aguenta tanto abuso por parte do acionista majoritário. Essa última palhaçada foi apenas a ponta do iceberg, mais uma gota em um copo já transbordando. Até quando a estatal suporta ser tratada como veículo de politicagem?

 

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