A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o próximo domingo (25) na Avenida Paulista é vista com expectativa pela indústria hoteleira da região.
“A hotelaria aumenta um pouco nessas ocasiões porque tem muita gente que vem para São Paulo e acaba se hospedando na cidade. É bom para o turismo porque movimenta e traz notoriedade para a cidade, desde que seja pacífica”, diz Wilson Luiz Pinto, presidente do Sindicato de Restaurantes e Bares de São Paulo (Sindresbar) e diretor do Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem de São Paulo (SindHotéis SP).
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis e Restaurantes de São Paulo (ABIH-SP), estima-se que haverá nos hotéis que melhor estão localizados da região da Paulista uma elevação na ocupação, passando de 35% em finais de semana comuns, para até 60% devido ao ato político. A projeção foi feita com base na manifestação feita no dia 7 de setembro de 2022 em apoio ao então presidente Bolsonaro.
O cálculo se refere a estabelecimentos que estão muito bem localizados na região e proporcionam bons ângulos para fotos e vídeos. Ainda assim, é baixo quando comparado aos eventos de maior impacto que tradicionalmente ocorrem na avenida Paulista, como é o caso do réveillon e da parada LGBT, que costumam chegar, respectivamente, a 70% e a 90% de ocupação na média da região.
Já os bares e restaurantes localizados na avenida Paulista esperam um aumento significativo no consumo, também torcendo para que não haja confronto entre os manifestantes. “Se houver briga certamente os restaurantes e bares vão sofrer mais, mas por enquanto vamos abrir normalmente, até porque o intuito do empresário é vender e esses eventos logicamente movimentam a cidade, as pessoas precisam beber e tomar um lanche”, diz Luiz Pinto.
Militante que não quer se identificar por receio de represálias, T. C. esteve no acampamento em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, em manifestações de apoio ao ex-presidente. Apesar de morar em São Paulo, ela preferiu reservar um quarto de apoio em um hotel próximo da região para o próximo domingo, o que também fez no Sete de Setembro, para participar do ato de Bolsonaro.
“Muitas vezes é impossível achar um táxi e o metrô também fica cheio. Os shoppings até chegam a fechar porque não conseguem absorver tanta gente. O hotel é uma garantia de que vou ter um lugar para me estabelecer”, diz.
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