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Os portões fecharam pontualmente às 13h30, meia hora antes do início das provas: corredor de boas-vindas recebeu candidatos | Pedro Serapio/Gazeta do Povo
Os portões fecharam pontualmente às 13h30, meia hora antes do início das provas: corredor de boas-vindas recebeu candidatos| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo

Um aparente clima de tranquilidade marcou as primeiras horas do vestibular 2015/2016 da Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizado neste domingo (8) em Curitiba e outras quatro cidades do estado: Matinhos, Toledo, Palotina e Jandaia do Sul.

Os portões fecharam pontualmente às 13h30, meia hora antes do início das provas. No campus Politécnico da universidade – o que recebeu a maior concentração de vestibulandos na capital – ao menos três pessoas não respeitaram os horários estabelecidos e chegaram ao local atrasados. Eles encontraram as portas do prédio de Administração fechadas e saíram desolados. No prédio, participam do processo candidatos ao curso de Engenharia Civil.

Até às 14h45, a UFPR não tinha nenhum comunicado de infrações dentro dos locais de provas, o que significa que ninguém precisou ser retirado das salas por desobedecer às regras do exame, como, por exemplo, usar aparelhos eletrônicos.

Segundo a instituição, a previsão é de que os números relativos a esse vestibular, como índice de abstenção, sejam liberados por volta das 16 horas. A prova segue até às 19 horas. A UFPR informou que o gabarito do exame será divulgado às 21 horas deste domingo, e o resultado dos classificados para a segunda etapa do vestibular deve sair no próximo dia 23.

1º dia de provas da UFPR tem chá de alecrim e roda de terço

Se no amor e na guerra vale tudo, no vestibular também. Principalmente se esse tudo vier acompanhado da solidariedade fraterna, como aquele empurrãozinho de “tudo vai dar certo”, “vamos ficar aqui torcendo por você” e, claro, do chá de alecrim.

Zelosa, a mãe Francine Franco, de 46 anos, não esqueceu da bebida, que fez questão de trazer em uma pequena garrafa. “É pra memória. Ele [o filho, Igor Xavier, vestibulando de Arquitetura e Urbanismo] tomou só um pouco e agora quem está tomando sou eu, para me acalmar”, disse Francine, cujos olhos vermelhos entregaram a condição de nervosismo.

E é na hora do fechamento dos portões que os lamentos de um quase desespero se propagam com mais força. “Agora é só rezar”, dizem muitos. O que não fica só na força do hábito.

Logo após o início das provas desta primeira fase do vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que ocorre neste domingo (8), ao menos vinte familiares se reuniram em uma roda de oração em frente ao prédio administrativo do campus Politécnico da instituição. De mãos dadas, eles rezaram o terço para iluminar a cabeça dos vestibulandos.

“Rezar sempre ajuda”, firma Luzinete Barbosa Jonaitis, de 47 anos, que estava na roda. Ela veio de Quatiguá, no Norte Pioneiro, para acompanhar o filho neste primeiro dia de provadas da UFPR. Embora confiante de que “as coisas vão dar certo”, a mãe reza mais mesmo para que o filho garanta uma vaga na Universidade Estadual de Londrina. “Estou confiante, mas quero mesmo é que ele passe na UEL. É mais perto”, desabafa.

O número de inscritos no vestibular 2015/2016 da UFPR indica, mais uma vez, recorde de inscritos. No ano passado, o vestibular já havia sido o maior da história da instituição e o mais concorrido do Paraná, com 57.068 inscritos

Neste ano, a UFPR oferece 4.886 vagas em 119 cursos. A relação do índice geral de vagas e inscritos mostra que o curso de Medicina é, novamente, o mais concorrido. A relação de inscritos aponta 66,44 candidatos por cada vaga. A opção de cursar Medicina no campus de Toledo, novidade deste ano, ocupa o segundo lugar na lista, com 37,02 candidatos por vaga. Na sequência, aparecem Direito (matutino), com 32,6 candidatos concorrendo a uma vaga; Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda (28,19), e Medicina Veterinária (27,31).

Em coletiva, reitor destaca novo sistema de cotas

Em coletiva concedida à imprensa logo após o início das provas, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Akel Sobrinho, destacou o novo sistema das cotas adotados pela instituição, que a partir deste ano passa a ser implementado já desde a primeira fase do vestibular.

“Tenho certeza de que isso vai garantir um preenchimento completo das vagas de cotas”, afirmou o reitor, que lembrou das “sobras” das vagas destinadas a alunos de escolas públicas e negros nos anos anteriores por mantê-los dentro da concorrência geral na primeira etapa do processo seletivo.

De acordo com o reitor, a UFPR não descarta ter que pensar em atividades compensatórias para integrar melhor estes alunos ao conteúdo dos cursos, dependendo do nível da pontuação atingida pelos vestibulandos cotistas.

Mais cedo, antes mesmo da coletiva, Zaki foi em uma das salas do Politécnico para parabenizar os vestibulandos. “Boa sorte a todos vocês. E se Deus quiser, em janeiro, espero todos no banho de lama”.

Provas especiais

Em Curitiba, 89 pessoas portadoras de deficiência prestam o vestibular da UFPR. Eles estão distribuídos em duas locais de bancas especiais: 46 no campus Politécnico e outro 44 no campus das Ciências Agrárias. As outras cidades do estado somam juntas oito participantes do processo com algum tipo de deficiência. Segundo a UFPR, somente em Curitiba 56 pessoas foram designadas para trabalhar especificamente com este grupo de vestibulandos.

  • Em coletiva, o reitor da UFPR Zaki Akel Sobrinho destacou o novo sistema de cotas para este vestibular
  • Veteranos de Engenharia Civil recepcionam possíveis futuros calouros
  • Alunos com deficiência física foram colocados em salas adaptadas
  • Alunos aguardam início das provas do vestibular 2015/2016 da UFPR
  • Vestibulando corre para não pegar as portas de acesso fechadas
  • Pouco antes das 13h30, ainda havia inscritos chegando apressados
  • Garota chega instantes depois do fechamento dos portões de acesso ao local de prova
  • Luzinete Barbosa Jonaitis veio de Quatiguá, no Norte Pioneiro, para acompanhar o filho, que disputa uma vaga para Engenharia Civil. “Estou confiante, mas quero mesmo é que ele passe na UEL [Universidade Estadual de Londrina]. É mais perto”, desabafa a mãe
  • Já alunos da UFPR, os estudantes de Engenharia Civil contam que recepção de futuros calouros “é uma tradição”: “ É uma motivação. Passar por isso dá mais vontade ainda pra eles de fazerem engenharia na Federal”, conta a aluna Luísa Comin Nascimento [segunda da esquerda para a direita]
  • Francine Franco não aguentou o nervosismo e caiu no choro pelo filho que tenta uma vaga em Arqruitetura e Urbanismo. Ela veio junto com o marido, Jocemar Xavier.
  • Na pressa, candidato não tirou nem o capacete para entrar no local de prova
  • Última leva de vestibulandos se apressa para não perder as provas
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