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Os agentes penitenciários do Paraná vão entrar na mobilização em torno da data-base do funcionalismo público. Uma greve da categoria está marcada para começar neste sábado (23) e, segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), não há data para terminar.

Além de cobrar um índice de reajuste salarial de 8,17%, correspondente à inflação dos últimos 12 meses, a categoria pede mais segurança. “A nossa bandeira principal é a segurança. O sistema prisional está superlotado, sucateado. E o agente penitenciário tem que falar “não” em nome do governo estadual. Nos tornamos reféns em potencial o tempo todo. A questão da data-base foi a gota d´água. A paciência acabou”, critica a presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski.

De acordo o sindicato, a greve geral não implicará na redução do efetivo dos agentes penitenciários. “Já trabalhamos em um número muito inferior ao necessário. Para garantir as atividades essenciais, não poderíamos retirar mais ninguém.” Em todo o Estado, são cerca de 3,4 mil agentes penitenciários.

Na prática, a greve deve afetar as atividades de escola e de trabalho dentro das unidades penitenciárias, visitas e pátio de sol. Serviços ligados à alimentação, emergências médicas, cumprimento de ordens judiciais e escoltas para audiências funcionarão normalmente.

Fundo

A presidente do Sindarspen também reclama que o governo estadual sacou dinheiro do Fupen (Fundo Penitenciário), “que é destinado para melhorias no sistema prisional”. O acesso ao Fupen foi autorizado pelo Legislativo no final do ano passado, entre as dezenas de tentativas do governo estadual em obter recursos para pagar dívidas. Petruska não soube informar quanto foi retirado e para qual finalidade. “Esse dinheiro do Fupen era para compra de cobertores, de colchões, contratação de advogados.”

Sesp

A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) defende que tem investido constantemente em segurança para os agentes. Exemplo disso seria a compra de radiocomunicadores e coletes balísticos. A pasta cita ainda a regulamentação do porte de arma para agentes e a manutenção nos portões internos das unidades como benefícios à categoria. Durante a greve, a secretaria diz que vai haver um trabalho “no sentido de manter os serviços normalizados.”

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