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Maria Wolff na casa em que mora, a menos de um quilômetro do terreno que pode abrigar o lixo, em Mandirituba: vida bucólica ameaçada | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Maria Wolff na casa em que mora, a menos de um quilômetro do terreno que pode abrigar o lixo, em Mandirituba: vida bucólica ameaçada| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Localizado a 5 quilômetros do centro de Mandirituba e a um quilômetro da BR-116, administrada pela concessionária OHL no trecho, o atual terreno, em fase de licenciamento pelo IAP, está no espaço destinado para a zona industrial de Mandirituba. A menos de um quilômetro, encontra-se uma pequena vila, que, em caso de escolha da área, deve ser removida. Maria Schuartz Wolff, proprietária de uma das residências, se mostra resignada. "Não adianta tentar lidar com eles. Espero que o lixo não venha para cá", diz.

Ex-moradora do bairro Pinheirinho, Maria vive em um terreno de quase dois alqueires há 17 anos. Uma vida bucólica, acompanhada de cachorros, das galinhas e de outros animais, além da tranquilidade e silêncio. "Meu marido tem uma oficina e vivemos bem por aqui", conta. "Compramos madeira para construir outra casa. Nem começamos porque não podemos gastar dinheiro à toa em uma obra dessas sem saber se o lixo vem ou não", explica.

A esperança de Maria é que a indústria não saia do papel naquele terreno. Sua expectativa diz respeito a muito mais do que uma mera mudança de vida. "É estranho que o lixo venha para cá porque o Rio Maurício passa no fundo da minha casa e também um outro riozinho passa aqui perto. Meu vizinho pesca até lambari por lá", relata. "Nunca fui chamada para reunião nenhuma sobre isso. Espero receber boa indenização para sair daqui".

Confusão

Conforme Antonio Maciel Machado, prefeito de Mandirituba, há confusão da população de Mandirituba entre os terrenos. Em 2002 e 2003, houve discussão e audiência pública para instalação de um novo aterro em uma área da cidade de propriedade da Cavo, com 32 mananciais e floresta primária de Araucária. "Os problemas sociais e ambientais são menores na nova área", garante o prefeito.

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