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Traficantes armados atacaram três bases da UPP do Complexo do Cajú e uma torre de observação da PM na Linha Vermelha, altura da comunidade Parque Alegria, no início da tarde desta sexta-feira (31). A ação — uma retaliação à prisão de um dos chefes da quadrilha que age na região — associada ao intenso tráfego de veículos na via expressa gerou pânico em quem passava pela localidade. Assustados, alguns motoristas e passageiros desceram dos veículos temendo se tratar de um arrastão. Alguns chegaram a tentar fugir em marcha a ré.

O ataque dos criminosos, contudo, se limitou às unidades da PM. Não houve registro de roubo ou saques a motoristas e passageiros de coletivos que trafegavam pela via expressa no momento da represália. Além de tiros, adolescentes incentivados por traficantes jogaram pedras contra policiais e veículos que passavam no acesso da Avenida Brasil à Linha Vermelhga, na altura do Parque Alegria. Uma faixa da via chegou a ficar bloqueada por dois carros da PM.

“Eu estava saindo da Ilha do Fundão em um ônibus da empresa onde trabalho, quando, antes de acessarmos a Ponte do Saber, um dos agentes de trânsito informou que estaria acontecendo um arrastão na Linha Vermelha. Na ponte, os carros estavam parados e alguns estavam voltando de marcha a ré. Isso aconteceu por volta das 13h”, disse uma leitor pelo WhatsApp do GLOBO, acrescentando que o motorista do coletivo em que estava, que seguia em direção ao Centro, preferiu fazer o retorno e continuar a viagem pela Avenida Brasil.

Homem é preso

Os ataques tiveram início por volta de meio-dia, pouco após policiais da UPP terem feito um cerco à casa da família de Latércio Alvarino de Azevedo, de 25 anos, conhecido como Limão e apontado como um dos chefes do tráfico de drogas no Cajú. Segundo a comandante da UPP, major Joyce Leite, Latércio estava escondido no local, que fica próximo a uma das base da UPP. Durante o cerco, o traficante teria exigido a presença da oficial para se entregar.

Após a chegada da major, o suspeito se rendeu e foi levado para a 17ª DP (São Cristóvão). Na casa foram apreendidos um fuzil e duas pistolas, além de drogas. Os ataques às bases foram a tiros e pedradas. Um PM foi atingido por uma pedra, mas passa bem. Após a prisão, por ordem do tráfico, um grupo de moradores tentou fechar a Linha Vermelha em forma de protesto, mas foi impedido pela polícia.

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