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Voluntários do Hospital Cajuru: um sorriso é recompensa. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Voluntários do Hospital Cajuru: um sorriso é recompensa.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

As segundas-feiras e quintas-feiras são dedicadas a um trabalho especial que o aposentado Pedro Paulo da Silva, 59 anos, realiza no Hospital Cajuru. Ele faz companhia para pacientes que entram no internamento durante as manhãs de segunda-feira e conta histórias para quem já está no centro médico nas tardes de quinta-feira. O trabalho dele é compensado pelo sorriso ou o agradecimento de cada um dos pacientes do local, que sempre precisam de uma atenção especial em um momento delicado que enfrentam.

O aposentado é um dos 120 voluntários com os quais a equipe médica e de enfermagem do Hospital Cajuru conta para dar alegria e assistência aos pacientes. Silva veio com experiência de seu antigo emprego, na Rede Ferroviária Federal (RFFSA). “Eu já fazia trabalho voluntário na RFFSA e procurei o hospital quando me aposentei.” Ele é o mais antigo da equipe voluntária no centro médico. Todos, antes de ingressarem no hospital, passaram por orientações no Centro de Ação Voluntária (CAV) de Curitiba, órgão de referência para o trabalho na capital.

Voluntários têm treinamento e dão alegria aos pacientes do Cujuru

No Hospital Cajuru, após passarem por palestra no Centro de Ação Voluntária de Curitiba, eles ficam sabendo a melhor forma de tratar os pacientes e levar conforto no momento de dificuldade.

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Orientações

O trabalho voluntário não pode ser feito por qualquer pessoa e precisa tanto da coordenação do hospital quanto de uma passagem pelo CAV. O local, fundado em 1998 e que surgiu junto com a promulgação da Lei do Voluntariado, serve como referência e ponte entre a pessoa interessada em ajudar e a entidade que precisa de voluntários.

Seja solidário

Interessados em vagas de voluntariado podem entrar no site da Ação Voluntária e se cadastrar. Para ingressar na equipe do Hospital Cajuru ou na Santa Casa de Curitiba, pode entrar em contato pelos números 3271-2719 ou 3320-3795

Toda pessoa que tem o interesse em realizar trabalhos voluntários e que procura o CAV passa por uma espécie de treinamento, conforme explica o instrutor de cursos do centro, Messias Andrade, 22 anos. “As pessoas ligam muito para o centro pedindo informações sobre voluntariado em hospitais, para ajudar idosos, crianças. Mas, antes disso, eles passam por uma palestra com orientações sobre como é e como realizar o trabalho”, diz.

Dessa palestra, que tem duração de 1h15, a pessoa interessada nesse tipo de atividade ganha uma carteirinha de voluntária. O documento atesta que ela está apta a integrar uma equipe de voluntários e auxiliar as parceiras do CAV. As palestras ocorrem todas as segundas-feiras em dois horários: 9 e 18 horas. Não é necessário realizar inscrição.

Serviço de orientação também conta com o trabalho de voluntários

Cerca de 30 pessoas participam do Centro de Ação Voluntária. A maior parte delas trabalha de graça. Apenas uma equipe pequena é mantida por meio de convênios com o poder público – o último se encerrou no início de agosto e a instituição aguarda um novo contrato com o governo do estado para ter recursos e para recontratar a equipe.

Normalmente, os voluntários criaram vínculos com a instituição após procurarem o CAV para realizar trabalhos em outros lugares. É o caso da jornalista Aline Vonsovicz, 25 anos, que cuida do site da instituição. Em 2012 ela procurava oportunidades para contar histórias em hospitais e foi orientava a procurar vagas no site do CAV. “Eu vi que faltavam notícias, que o Facebook estava desorganizado. Então eu pensei e me ofereci para ajudar na área de comunicação aqui do CAV”, conta.

Currículo

O site do CAV conta com um banco de talentos e um cadastro de vagas para voluntários, numa espécie de agência de empregos. Nesse caso, uma agência de voluntários. O interessado em ser voluntário deve se cadastrar na página e informar suas experiências profissionais. Com isso, as instituições interessadas procuram também os candidatos que melhor se enquadram no perfil das necessidades – que também ficam disponíveis no site.

No hospital, quem ajuda também passa por treinamento

Além de passar pela palestra no Centro de Ação Voluntária (CAV) de Curitiba, quando uma pessoa começa o trabalho solidário no Hospital Cajuru também recebe treinamento da equipe do local. Trata-se de um treinamento de um ano dividido em três módulos. “São orientações para que os voluntários tenham conhecimento inclusive sobre a forma como lidar com o paciente e a respeito de infectologia”, diz a coordenadora de voluntariado do centro médico, Nilza Brenny.

No local, os trabalhadores solidários possuem uma sala, que é uma espécie de quartel- geral do voluntariado. No local, eles recebem ligações com pedidos de serviços, anotam tudo e cada um se desloca para alguma área do hospital.

Os serviços desempenhados pelos voluntários vão do acompanhamento ao paciente em sua internação até alegrar o dia das pessoas do centro médico.“Nenhum deles faz serviço dos funcionários”, explica Nilza.

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