Cid Vasques tem “carta branca para passar a polícia a limpo”, diz Richa

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O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), deu apoio ao secretário de Segurança do estado, Cid Vasques, na manhã desta sexta-feira (13). O titular da pasta é alvo de um pedido de revogação da licença do cargo de procurador para atuar no executivo, formulado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) junto ao Conselho Superior do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Presente na abertura do Fórum Nacional de Secretarias Estaduais do Trabalho (Fonset), Richa fez questão de elogiar seu secretário de Segurança em meio a comentários sobre a autorização da Justiça para que sejam feitos exames de DNA em um delegado e dez policiais, que poderiam ter ligação com o caso da morte da adolescente Tayná da Silva, no crime ocorrido no final de junho.

"A maior prova que eu posso dar de que nós queremos uma polícia limpa, afastada de questões ilícitas, desvios de conduta, de pacto com corrupção é que coloquei à frente da secretaria um membro do Ministério Público, uma pessoa da qualidade e da credibilidade do Cid Vasques, que sabe que no nosso governo tem carta branca para passar a polícia a limpo, para que tenhamos uma polícia identificada com os interesses da população. Isso vem acontecendo e os erros que vem surgindo estão sendo corrigidos", afirmou o governador.

"Isso [irregularidades] acontece em qualquer setor. O importante é que nosso governo não admite qualquer tipo de desvio de conduta, somos intolerantes com esse tipo de ação", disse Richa.

Gaeco pede revogação da licença de secretário

No fim do mês de agosto, o Gaeco, que é um braço do MP, fez um pedido ao Conselho Superior do órgão para que a licença de Vasques para exercer o cargo de secretário fosse revogada. O motivo para a solicitação é uma discordância sobre um esquema de rodízio de policiais cedidos ao grupo de investigação, que foi implantado pela Secretaria da Segurança Pública (Sesp).

A análise do caso deveria ter ocorrido na reunião do conselho na última terça-feira (10), mas Vasques conseguiu uma decisão na Justiça suspendendo o julgamento da questão.