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O reitor Carlos Levi, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atendeu às reivindicações feitas pelos alunos e aprovou um pacote de melhorias relacionadas à assistência estudantil.

Durante a reunião do Conselho Universitário (Consuni-UFRJ) todos os seis eixos apresentados pelos estudantes foram contemplados. Na edição de quarta-feira (20), o GLOBO relatou as condições precárias enfrentadas pelos alunos devido à falta de recursos oferecidos pela universidade.

Os moradores do alojamento da UFRJ conseguiram que a reitoria realize até o dia 29 de maio um censo que dimensione o número real de residentes da moradia estudantil. A pesquisa é necessária para viabilizar a transferência dos estudantes para o módulo reformado e garantir que aqueles que não são moradores oficiais do alojamento tenham direito a permanecer na residência — desde que se enquadrem no perfil socioeconômico exigido.

Os alunos também irão confeccionar junto com a reitoria uma lista de gêneros alimentícios que deverão ser servidos nas refeições da residência universitária. Até ontem, eram ofertados apenas pão puro e café preto.

“Foi uma vitória muito grande. A principal delas foi em relação ao alojamento estudantil, porque há anos a questão está sendo arrastada. A gente entende que, se existem estudantes que não necessariamente passaram pelo processo e estão ali, é por algum motivo e não por uma infração deles. Averiguamos que todos, inclusive os agregados, se enquadram nos critérios socioeconômicos”, disse a estudante de Letras e membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Luiza Foltran.

Além das pautas relacionadas ao alojamento, os estudantes também conseguiram antecipar o prazo para pagamento das bolsas. Os valores da Bolsa Auxílio e do Benefício Moradia, que só seriam depositados em setembro, foram adiantados para julho.

O pacote de assistência estudantil também se estendeu aos alunos de unidades isoladas. A reitoria se comprometeu a agilizar a realização de pregão para contratar as empresas que construirão os bandejões do campus da Praia Vermelha e de Macaé. Em relação aos alunos do centro da cidade — do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCS), do Instituto de História (IH), da Faculdade Nacional de Direito (FND) e da Escola de Música — e do polo de Xerém, o Consuni garantiu a criação de uma comissão para definir uma alternativa para viabilizar a alimentação.

“A gente já vinha há algum tempo construindo, definindo as prioridades, os números, os valores, o que nos permitiu uma aprovação unânime. A UFRJ é sem qualquer dúvida a universidade que mais investe em bolsas para tentar garantir a permanência dos alunos. Do total de R$ 45 milhões do Plano Nacional de Assistência Estudantil, praticamente 100% foram alocados para dar continuidade à obra do novo alojamento”, argumentou o reitor, Carlos Levi.

A reitoria se comprometeu a verificar os serviços de transporte oferecidos para os moradores da Vila Residencial — uma espécie de bairro construído dentro da Cidade Universitária — e, se necessário, aumentar a frota de coletivos que circulam da meia-noite às 5h da manhã.

Os estudantes também cobraram que a universidade garanta o uso do nome social por alunos transgêneros, transexuais e travestis e a realização de uma pesquisa que revele o índice de evasão na universidade e o perfil dos alunos que abandonam o curso.

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