Comida não chega a cidades do Maranhão

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São Luís e Manaus - Dados da Defesa Civil do Maranhão atestam que 35% dos municípios que decretaram situação de emergência no estado ainda não receberam cestas básicas por causa do difícil acesso ou de falta de repasse de informações dos prefeitos sobre as reais necessidades desses locais. Até o momento, foram enviadas ao estado aproximadamente 850 toneladas de alimentos. Parte é formada de doações e parte recebida do governo federal.

Dos 95 municípios em situação de emergência no Maranhão, 34 ainda não receberam cestas básicas, segundo a Defesa Civil. Destes, 23 estão na chamada lista de espera para receber os alimentos ainda esta semana – as cestas chegarão de helicóptero. Para os demais, serão encaminhadas as cestas apenas após os prefeitos informarem o quantitativo de alimentos que precisam ser enviados. "Os prefeitos precisam divulgar logo esses dados. E nós temos o controle rigoroso do material que precisa ser enviado para evitar saques ou desvios", afirmou o coordenador de comunicação da Defesa Civil do Maranhão, major Abner Ferreira. Cada cesta básica tem aproximadamente 50 quilos e capacidade para atender às famílias durante uma semana.

No Maranhão, já foram registradas 13 mortes em decorrência das chuvas. São 124,4 mil desabrigados ou desalojados e 367 mil atingidos no pelas enchentes. O nível do Rio Mearim, que corta as cidades mais afetadas como Trizidela do Vale, Pedreiras e Bacabal, baixou um metro nos últimos cinco dias e o Itapecuru-Mirim, três metros no mesmo período.

Amazonas

A prefeitura de Anamã, a 168 quilômetros de Manaus (AM), perdeu o único hospital do município com a enchente do Rio Solimões. A cidade agora teve a área mais alta do município, onde ficava o hospital, inundada. Há dois dias cinco navios-hospitais da Marinha estão realizando ações de saúde no município. "Temos mais de 4 mil crianças e adolescente fora da escola, falta comida, água potável, o município nunca esteve com tantos problemas. Estamos ainda preocupados com as doenças que estão aparecendo, diarreias e hepatite", disse o vice-prefeito, Antônio Araújo Coelho.