Quase 200 detentos iniciaram uma rebelião na tarde desta segunda-feira (12) na Casa de Custódia de Maringá (CCM). O motim teve início por volta das 13 horas, quando presos da Galeria 2 subiram no telhado, levando um agente penitenciário como refém. O homem era ameaçado o tempo inteiro com uma barra de ferro.
Uma das exigências é a transferência de dez presos para Curitiba, onde residem familiares. Os detentos também reclamavam de maus tratos e da comida oferecida no local. No início da noite, informações obtidas no local apontam que cerca de 400 homens teriam aderido a rebelião e de que mais pessoas teriam sido feitas reféns, o que não havia sido confirmado pelo governo do Estado.
Segundo informações do 4º Batalhão da Polícia Militar, cerca de 70 policiais foram enviados até a Casa de Custódia, incluindo os integrantes do Pelotão de Choque, que iniciaram a negociação. Uma equipe da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e dos Direitos Humanos (Seju) foi enviada até Maringá para conversar com os presos.
A assessoria de comunicação da Seju ainda confirmou que o diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Maurício Kuehne e a secretária de Estado da Justiça , Maria Tereza Gomes estavam se dirigindo até a Casa de Custódia para ajudar na negociação. A visita estava prevista para a noite de ontem, já que ambos estavam em Brasília (DF).
Cinco presos fugiram do presídio
Antes da rebelião, cinco presos fugiram da Casa de Custódia de Maringá. A fuga aconteceu por volta das 2 horas de ontem, mas só foi percebida às 6h30, durante a contagem diária de presos. Os detentos fizeram um buraco na laje e fugiram pelo telhado. Nenhum dos fugitivos havia sido recapturado até a tarde de ontem.
O antigo Centro de Detenção Provisória de Maringá é um estabelecimento de segurança máxima com capacidade para comportar 900 detentos. Segundo a Seju, a Casa de Custódia abrigava 896 homens até a fuga desta segunda-feira (12). Entre os presos, alguns já aguardam transferências para outros presídios.
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