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Lugar abrigou população que rezava as novenas das quartas-feiras, na Av. João Gualberto | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Lugar abrigou população que rezava as novenas das quartas-feiras, na Av. João Gualberto| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

35 mil pessoas

frequentam todas as quartas-feiras a novena do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O primeiro grupo, formado em 1960, começou com apenas oito pessoas. As novenas unem gerações porque, dizem os fiéis, é a partir delas que as graças são alcançadas. Várias novenas são rezadas todas as quartas: termina uma, logo começa a outra.

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  • Atual santuário está na Praça Portugal. Em dia de novena, os fiéis disputam lugar dentro da igreja lotada

As rezas das novenas à Nos­­­­­sa Senhora do Perpétuo Socorro, que hoje atraem milhares de pessoas ao bairro Alto da XV todas as quartas-feiras, já estiveram em uma capela bem mais tímida e antiga, situada na Avenida João Gualberto.

A pedra fundamental da capela foi assentada em 4 de dezembro de 1895 e a benção e primeira missa oficiada em 25 de novembro de 1896. Dedicada à Nossa Senhora da Glória, ela foi erguida pelo desembargador Agostinho Ermelino de Leão, casado com Maria Bárbara, filha do Visconde de Nacar. A partir de 1900, passou a ser o templo preferido de muitas famílias curitibanas.

A construção da capela marcou a integração do chamado Alto da Glória com o perímetro urbano da cidade e, no final do século 19, foi a sexta igreja católica de Curitiba.

Novena

Foi a partir de 1960, com a chegada dos missionários redentoristas a Curitiba, que Maria Dolores (Lolita) Veiga de Leão cedeu a capela para que lá fossem feitas as novenas à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Com o aumento do número de devotos, porém, os religiosos construíram uma igreja maior – o santuário da Praça Portugal, inaugurado em 1969.

Ao receber a capela de volta, as famílias herdeiras decidiram doar o templo à Mitra Diocesana. Nos últimos anos, sem função, o lugar deixou de receber a indispensável conservação. Há vidros quebrados e o mato toma conta do jardim. Segundo o padre José Aparecido, do Santuário do Perpétuo Socorro, existe a intenção de restaurar o prédio. Um encontro entre representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Secretaria de Cultura do Estado, Fundação Cultural de Curitiba, e outras entidades interessadas, ainda sem data marcada, deve discutir o projeto e os recursos necessários para a recuperação do lugar.

Conheça outras igrejas que são verdadeiros patrimônios históricos de Curitiba

• Igreja da Ordem

O nome correto é Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Chagas. Ela foi construída em 1737, por isso é a mais antiga de Curitiba. O nome original era Igreja de Nossa Senhora do Terço e, somente em 1746, o nome atual foi dado ao templo. O lugar já foi o convento franciscano, entre 1752 e 1783, e foi paróquia de imigrantes poloneses no século 19. A igreja foi tombada pelo Patrimônio Histórico em 1965 e desde 1981 abriga o Museu da Arte Sacra.

• Catedral

A primeira matriz de Curitiba foi construída em 1668, mas não passava de uma pequena capela de pau-a-pique. Em 1714, a Câmara de Vereadores decide fazer uma matriz melhor: ela foi construída em pedra e barro e inaugurada em 1721. A nova igreja, porém, tinha uma estrutura frágil e não resistiu aos lençóis freáticos que existem na região. Foi demolida e, em 1877, começaram as obras da atual catedral (que foi concluída em 1893).

• Presbiteriana

A primeira Igreja Presbiteriana Independente de Curitiba foi fundada em 8 de outubro de 1904. Tem estilo neoclássico na fachada e um interior com decorações de influência alemã. Ela está situada no Largo da Ordem e é um dos cinco templos dessa ordem religiosa na capital paranaense. O projeto da igreja é do engenheiro Henrique Estrela Moreira.

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