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Difícil afirmar o momento exato em que as grandes cidades se tornaram a presa preferida da imprensa. Mas é possível arriscar palpites. Pode ter sido com o perfil do "professor Gaivota", escrito para a revista New Yorker, em 1942. Ou ainda em 1964, quando Gay Talese retrata os operários que construíam a ponte do Brooklyn, em Nova York.

A lista é longa e um grupo de 33 jornalistas, participantes do programa Talento Jornalismo, o trainee da GRPCom, "visitou" a tradição reportagens urbanas. Em versão digital eles apresentam o resultado da empreitada e o oferecem de presente a Curitiba.

Tal como Talese e Joseph Mitchell – o mestre que na década de 1940 fez o perfil do professor Gaivota, um morador de rua – o grupo se embrenhou pela capital do estado. Houve quem se perdesse nos labirintos das lojas que vendem cabelo no Terminal Guadalupe. Outros bateram cartão na rodoferroviária, atrás de pequenas histórias de passagem. Dois jornalistas correram atrás de "estranhos no ninho" – os atleticanos e quetais que trabalham ou vivem no entorno do estádio Couto Pereira.

Peripécias

O performer mais famoso das araucárias, Hélio Leites, surge retratado do ponto de vista de sua mãe, Emília. É de se emocionar, para depois rir com as peripécias de dois repórteres levando "nãos" das garotas por trás dos "anúncios" eróticos colocados nos velhos orelhões. Uma cidade, afinal, é um lugar onde coisas estranhas acontecem, como dizia Talese.

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