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PR-323 é uma das rodovias mais movimentadas e perigosas da região Noroeste | Divulgação/AEN
PR-323 é uma das rodovias mais movimentadas e perigosas da região Noroeste| Foto: Divulgação/AEN

Duplicação entre Maringá e Paiçandu está 55% concluída

Na semana passada, as obras de duplicação da PR-323, entre Maringá e Paiçandu, no Noroeste do Estado, completaram 55% dos serviços. A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos até março do ano que vem. O trecho de aproximadamente quatro quilômetros de extensão está recebendo investimentos de R$ 30 milhões. Além da duplicação, estão sendo construídos calçadas, ciclovias, cinco viadutos, duas passarelas e três trincheiras. O trabalho está sendo feito pela empresa Extracon Mineração e Obras.

"Já finalizamos as terraplanagens da estrada e agora começamos a fazer a pavimentação e cobrir as trincheiras com as lajes. Apesar das chuvas do começo do ano, o ritmo das obras está sendo satisfatório e com excelente qualidade", avaliou o superintendente regional do DER no Noroeste, Osmar Lopes Ferreira.

Além disto, estão sendo construídos 50 quilômetros de acostamento, entre Umuarama e Iporã e a nova trincheira do Trevo do Cedro, em Perobal. Estas obras serão entregues no início de 2014.

Duplicação total está sendo avaliada

Ainda no mês passado, o governador Beto Richa (PSDB) explicou que técnicos do governo estadual começaram a avaliar o projeto elaborado pela Odebrecht Participações para obras de duplicação da toda a PR-323, no trecho de Maringá a Iporã e até Guaíra.

A abertura das licitações é esperada para o início do próximo ano. Além dos detalhes técnicos das obras, os levantamentos devem indicar a modelagem de cobrança.

Além da PR-323, o governo do Paraná estuda custear parte das obras de duplicação das rodovias PR-445 e PR-092, dentro do modelo de Parceria Público-Privada (PPP). A intenção é que parte das obras seja concluída antes do início da cobrança e que os valores sejam menores do que o padrão atual de pedágio. Isto porque a taxa interna de retorno – o lucro da empresa, que chega a 20% em algumas concessões atuais – deve ser menor do que 10% nos contratos de PPP. O DER também admitiu a possibilidade de o governo entrar como parceiro na obra baixar o preço do pedágio.

Conhecida por muitos como "Rodovia da Morte", a PR-323 apresentou melhorias ao longo deste ano. Pelo menos, é o que aponta a pesquisa divulgada na última quinta-feira (31) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Dos quatro principais critérios de avaliação, a estrada que liga Maringá até Iporã apresentou evolução em três na comparação com o levantamento do ano passado.

A nota dada pelas condições do pavimento subiu de regular para bom. Com relação a sinalização e geometria, a avaliação passou de ruim para regular. Já o estado geral da rodovia se manteve como regular. Apesar da melhora, a média mensal de acidentes aumentou entre um ano e outro.

Segundo a 4ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), somente entre janeiro e outubro deste ano, ocorreram 597 acidentes na PR-323, uma média de 59,7 por mês. Em todo o ano passado foram 648 colisões, média mensal de 54.

O número de feridos até 30 de outubro já é maior do que o registrado durante todo o ano passado, passando de 421 para 423 vítimas. O número de mortos caiu, mas ainda assim se mantém em um índice próximo ao de 2012. Este ano foram 38 óbitos até outubro (3,8 por mês), enquanto que 58 morreram entre janeiro e dezembro do ano passado (média mensal de 4,8). Vale lembrar que este ano, muitas datas festivas caíram no fim de semana, por isso não ocorreram muitos feriados prolongados.

Segundo o tenente da PRE Rodrigo Gonçalves Girotto, a polícia tem aumentado a fiscalização na rodovia com radares e etilômetros. Apesar da ação policial e da melhoria nas estradas, muitos motoristas ainda agem com imprudência e desatenção.

Ele cita que dos acidentes ocorridos na PR-323 este ano, 204 foram colisões traseiras, com 77 feridos. Outros 133 acidentes ocorreram em colisões laterais, normalmente em ultrapassagens ou curvas. "Infelizmente constatamos casos de abuso e falta de manutenção dos veículos, que acabam gerando acidentes."

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