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Situação de cada município| Foto:

Obras acabam neste mês

Até o fim de novembro, as obras de ampliação da rede de esgoto do litoral paranaense devem ser concluídas. A previsão da Sanepar é finalizar 20 mil ligações nos imóveis da região. Até o momento, donos de imóveis em Matinhos, Guaratuba, Morretes, Guaraqueçaba e parte do Pontal do Paraná já fizeram ou estão liberados para fazer a ligação de seus imóveis na rede de esgoto.

Segundo o gerente de obras da Sanepar, Sérgio Wippel, 60% das obras já foram concluídas, restando apenas vistoria e limpeza das construções nos balneários Pontal do Sul, Santa Terezinha e Canoas, para que as 1.568 ligações finais possam ser realizadas. "São apenas testes na rede. Mas é importante que os proprietários procurem a empresa para saber da situação de seu imóvel. A consulta pode ser feita pelo fone 115", explica.

Wippel informa ainda que, no caso das residências regularizadas, é necessária a desativação das fossas sépticas. Onde não há rede coletora, o proprietário também deve verificar a situação da fossa existente no imóvel com a Sanepar.

A Sanepar vai enviar a partir de hoje cerca de 180 notificações aos donos de imóveis de Matinhos e Guaratuba que estiverem com o esgoto em situação irregular. A intenção é obrigar os proprietários a fazer a ligação de seus imóveis com a rede coletora. "Os que se negarem terão cinco dias para regularizar a situação ou terão o abastecimento de água cortado. A punição vale apenas para estas duas cidades, pois são as que têm os maiores índices de atendimento da rede de esgoto da empresa", explica o gerente da Sanepar no litoral, Romílson Gonçalves.

De acordo com a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da empresa, Maria Arlete Rosa, para consolidar a punição, estão sendo feitas parcerias com entidades como Ministério Público e Associação de Associação de Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Bares e Prestadores de Serviços (Assindilitoral).

Os primeiros a ter o corte no abastecimento devem ser os proprietários que já foram notificados sobre a situação irregular do esgoto e os que ainda não realizaram a ligação na rede. No ano passado, a Sanepar entregou ao Ministério Público (MP) uma relação com 110 imóveis nesta situação. A empresa chegou a lacrar a saídas sanitárias de algumas propriedades. "A medida é radical, mas para garantir o direito de todos terem uma praia limpa na temporada, precisa ser tomada agora", explica.

A notícia reforça o comunicado feito há duas semanas pelo presidente da Sanepar, Stênio Jacob: "os que insistirem em descumprir a norma, além de ficar sem água, poderão ser multados por crime ambiental". As multas podem variar de R$ 500 a R$ 10 milhões.

Das cerca de 15 mil ligações prontas até o momento em Matinhos, Pontal do Paraná e Guaratuba, 4 mil ainda não foram realizadas, como informa o gerente da empresa na região, Romílson Gonçalves. Ao todo, 3,5 mil imóveis ainda não foram vistoriados e 500 se encontram em situação irregular, sendo vetada a ligação.

Segundo Gonçalves, muitos proprietários só visitam suas casas de praia na época de temporada e por isso ainda não realizaram suas ligações. "Eles devem fazer a obra até o final do ano. Ainda assim, é importante que entrem em contato com a empresa antes, para não terem transtornos", afirma.

Sem a orientação adequada para evitar irregularidades nas obras, os moradores correm o risco de gastar em dobro para fazer a ligação do esgoto à rede da Sanepar. O motorista Jorge Fernandes França, 40 anos, passou por isso. O pedreiro contratado por ele lacrou a caixa de gordura e sua residência, no balneário Shangri-lá, em Pontal do Paraná, foi uma das consideradas irregulares. "Gastei R$ 480 com o pedreiro e agora vou ter de mandar refazer tudo de novo. Pior, ainda terei de pagar uma nova taxa de vistoria para a Sanepar", reclama.

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