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Alunos e professores do curso de Jornalismo da UEPG fizeram  documentário sobre o dia 29 de abril. | Reprodução/
Alunos e professores do curso de Jornalismo da UEPG fizeram documentário sobre o dia 29 de abril.| Foto: Reprodução/

A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, proibiu e depois liberou a utilização do Cineteatro Ópera – principal espaço cultural do Centro da cidade – para a exibição do documentário “Massacre 29 de abril”. O filme retrata o violento episódio que deixou mais 200 manifestantes feridos nos arredores da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep), em Curitiba, há um mês. Inicialmente, o executivo entendeu que a exibição se tratava de uma manifestação política, mas voltou atrás e autorizou o evento, que será realizado nesta sexa-feira (29).

Assista ao teaser do filme “Massacre 29 de abril”

Os produtores do filme afirmam que foram notificados da proibição no final da tarde de quinta-feira (28). A exibição está agendada para esta sexta-feira (29), às 20h00, no Ópera, com entrada franca. O procurador geral do município, Emerson Ernani Woyceichoski, afirma que tomou essa decisão baseado no regulamento de uso do espaço. “Na minha interpretação, tratava-se de uma manifestação política e o regulamento não permite esse tipo de evento no Ópera”, afirma.

Por isso, a organização chegou a anunciar que o filme seria exibido no auditório do campus central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). “Eu entendo que foi um ato de censura a uma obra que nem mesmo circulou”, afirma Rafael Schoenherr, diretor do documentário. No entanto, na manhã desta sexta (29), o prefeito Marcelo Rangel (PPS) decidiu liberar o Ópera para a exibição do filme. “No entendimento do prefeito, é um evento cultural e, portanto, não há nenhum impedimento ao uso”, explica Woyceichoski.

Filme

O documentário “Massacre 29 de abril”, produzido em apenas três semanas, é uma realização de alunos e professores do curso de Jornalismo da UEPG. Eles filmaram e fotografaram diversas cenas de violência durante o confronto entre policiais militares e manifestantes (principalmente professores) que foram impedidos de acompanhar a sessão da Alep.

“Assim que nós retornamos de Curitiba, começamos a analisar o material captado e percebemos que poderia ser aproveitado num documentário”, comenta Schoenher. Com 45 minutos de duração, o filme também contém uma série de depoimentos de estudantes, professores e outros servidores estaduais que vivenciaram as cenas trágicas do dia 29 de abril.

As assessorias de comunicação da Prefeitura e da Fundação Municipal de Cultura (FMC) afirmaram à reportagem da Gazeta do Povo que emitiriam informes oficiais a respeito da situação, mas as notas não haviam sido enviadas até o fechamento desta reportagem.

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