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Ubirajara Indígena do Brasil  protestou solitário contra a greve dos professores em meio à manifestação  realizada para  lembrar o confronto do dia 29 de abril. | Luiz Carlos da Cruz/Gazeta do Povo
Ubirajara Indígena do Brasil protestou solitário contra a greve dos professores em meio à manifestação realizada para lembrar o confronto do dia 29 de abril.| Foto: Luiz Carlos da Cruz/Gazeta do Povo

A manifestação dos professores e servidores públicos em Cascavel chamou a atenção de quem passava pela Avenida Brasil, no centro da cidade, na manhã desta sexta-feira (29). Com um carro de som que mesclava os sons das bombas e tiros do confronto ocorrido no dia 29 de abril no Centro Cívico, em Curitiba, os manifestantes fizeram uma passeata pela avenida. O barulho era interrompido de tempos em tempos para dar lugar ao silêncio. A maioria dos manifestantes vestia preto.

A marcha foi puxada por estudantes que, com uma peça teatral, representaram as vítimas do massacre. Os servidores seguiram até o chafariz da Praça do Migrante, onde coloriram a água de vermelho, simbolizando o sangue das mais de 200 vítimas que ficaram feridas no confronto com a polícia.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Alô Gaeco, investigue o Beto” e “Fora, Beto Richa”. Boa parte dos motoristas que passava pelo local buzinava em apoio aos professores.

Manifestante solitário

Um aposentado de 65 anos decidiu enfrentar os professores e fazer uma manifestação contra a greve. Com um jornal local em mãos que trazia como manchete a notícia de que merendas estão com data de validade vencida nas escolas por causa da greve, Ubirajara Indígena do Brasil acompanhou toda a manifestação.

Ele teve o jornal arrancado das mãos por um assessor do deputado estadual Professor José Lemos (PT). Houve um bate boca entre ele e alguns professores, mas o manifestante solitário não desistiu do protesto e foi até uma banca e comprou outro jornal que também foi arrancado de suas mãos. Por fim, Ubirajara comprou um terceiro exemplar e continuou sua manifestação.

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