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Protestantes entram em estação-tubo sem pagar a passagem após o término da manifestação | Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Protestantes entram em estação-tubo sem pagar a passagem após o término da manifestação| Foto: Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Na volta para casa, alguns manifestantes pularam a catraca para não pagar a passagem
  • Um dos atos simbólicos dos manifestantes foi atear fogo em um boneco que representava o prefeito Gustavo Fruet
  • Um dos protestantes esconde o rosto durante o manifesto contra o aumento da passagem no centro de Curitiba
  • Manifestação começou ao entardecer e seguiu até por volta das 22 horas
  • Integrantes da manifestação se reuniram na Boca Maldita. Eles protestam contra o aumento da tarifa para R$ 3,30
  • Imagem do grupo passando pela Rua Marechal Deodoro. Manifestação deve terminar em frente ao prédio da prefeitura

Terminou por volta das 22 horas o segundo ato contra o aumento da tarifa de ônibus em Curitiba, que havia começado por volta das 18 horas desta quinta-feira (5) e percorrido diversas ruas do Centro da cidade. A concentração para o protesto ocorreu na Boca Maldita. No auge da manifestação, cerca de 500 pessoas se reuniam no movimento (a PM informou oficialmente que foram cerca de 200) . Visualmente, o total de participantes foi parecido com o que o tinha sido registrado na manifestação de segunda-feira (5). O protesto terminaria na Praça Santos Andrade, em frente a Universidade Federal do Paraná (UFPR), mas os manifestantes seguiram pelo centro e terminaram o movimento em frente à prefeitura de Curitiba, depois de ter tomado a decisão em assembleia entre os participantes.

SLIDESHOW: Veja fotos do protesto

Às 20h45, os manifestantes seguiram em direção à prefeitura pela Avenida Cândido de Abreu. Eles chegaram em frente ao prédio e bloquearam a Avenida Cândido de Abreu. Até as 22h, não havia registro de ocorrências pelas PM. Mais cedo, entretanto, por volta das 20 horas, o grupo chegou ao cruzamento da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Marechal Deodoro. Os participantes sentaram no asfalto, no que, segundo eles, seria um ato simbólico para parar a cidade. Com o fechamento do cruzamento, filas se formaram nas duas vias. A PM orientou o trânsito para que os motoristas desviassem do protesto.

Segundo policiais militares, há informações de que uma estação-tubo foi alvo de vandalismo na Praça Rui Barbosa. Alguns agentes confirmaram que atos de vandalismo ocorreram em meio aos manifestantes. Até as 22 horas ninguém tinha sido capturado, segundo policiais que monitoravam o protesto.

Ainda durante a manifestação, o grupo fechou o cruzamento da Travessa da Lapa com a Rua XV de Novembro, por onde passa o biarticulado Capão Raso/Santa Cândida. Parte dos manifestantes invadiu uma das estações-tubo e liberou a catraca para os usuários. O ato não teve interferência da PM.

Carros da Polícia Militar (PM) e da Secretaria de Trânsito de Curitiba (Setran) já estavam perto dos manifestantes antes mesmo do início da caminhada e realizam bloqueios no trânsito enquanto os manifestantes passam pelo centro. O trajeto inicial informado pelos participantes era percorrer ruas do centro até chegar à Praça Santos Andrade, mas, após passarem pelo local, seguiram pela Rua Marechal Deodoro.

Participantes

Pessoas de diversos movimentos sociais levam consigo bandeiras e cartazes e usam frases de ordem contra o aumento no valor da tarifa do transporte público, que sobe dos atuais R$ 2,85 a partir desta sexta-feira para R$ 3,30 (no pagamento em dinheiro) e R$ 3,15 (para quem usar o cartão transporte).

A maioria das pessoas concentradas na Boca Maldita era de jovens. Apesar de boa parte ser membro de movimentos sociais e de partidos políticos, há grupos de usuários do transporte público que não são ligados a esses movimentos.

Uma delas é a secretária Caroline da Silva, 17 anos, que foi para o protesto por estar indignada com a alta na tarifa, tendo em vista, na opinião dela, a má qualidade no serviço de transporte público. "Ontem (quarta-feira) esperei três ônibus da linha Centenário/Campo Comprido para poder embarcar porque não conseguia. Acho um absurdo esse aumento porque o transporte não é de qualidade", afirma.

Outro manifestante é o estudante Gabriel de Oliveira de Melo, 19 anos. "Estou indignado porque sempre quando há aumento na tarifa quem paga a conta é a pessoa mais humilde", critica.

Mesmo com a maioria de jovens, pessoas de outras faixas etárias também participaram. É o caso do comerciante Paulo Silva, 45 anos. Ele tem um estabelecimento no bairro Fazendinha, que conduz com sua esposa. O negócio depende, segundo ele, diretamente do transporte coletivo. "O transporte é bom, mas a tarifa é muito alta. Só vamos conseguir a redução com o povo nas ruas", diz.

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