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O paranaense Kleber Freitas foi preso dia 9 de janeiro de 2023 em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Ele deixa esposa e um filho autista.
O paranaense Kleber Freitas foi preso no dia 9 de janeiro de 2023 em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Ele deixa esposa e um filho autista.| Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Um paranaense de 44 anos preso em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no dia 9 de janeiro de 2023, foi encontrado morto na casa dos pais na manhã desta sexta-feira (10). Morador do município de Borrazópolis (PR), Kleber Freitas era técnico em radiologia e trabalhava como funcionário público. Ele deixa esposa e um filho com autismo.

De acordo com a imprensa local, o homem foi encontrado caído dentro da residência com alguns ferimentos por volta das 8h, e os familiares acionaram a Polícia Militar (PM). Kleber foi encaminhado ao hospital municipal da cidade, que confirmou a morte. A suspeita é de que a vítima tenha sofrido um infarto e caído em seguida, se machucando na queda.

Kleber passou dois meses preso por participar das manifestações em frente ao QG do Exército. Ele respondia ao processo por incitação ao crime e associação criminosa, e  recebeu liberdade provisória dia 13 de março de 2023 sob a condição de usar tornozeleira eletrônica com recolhimento domiciliar a noite e aos finais de semana.

O homem também cumpria há um ano e dois meses as demais medidas cautelares exigidas pelo ministro Alexandre de Moraes, como comparecimento semanal em juízo e as proibições de conversar com outros investigados e de usar redes sociais.

De acordo com documentos presentes no inquérito, Kleber solicitou a retirada da tornozeleira em janeiro deste ano para cuidar do pai com problemas cardíacos – incluindo uso de marca-passo – e também informou que o filho com Transtorno de Espectro Autista necessitava de seus cuidados.

Na solicitação, Kleber explicava com declaração de próprio punho que precisaria cuidar do pai aos sábados, domingos e feriados, e que sua presença era “indispensável”. No entanto, o pedido não foi autorizado.

Cinco mortes do 8/1 já foram confirmadas, uma dentro do presídio

Ao todo, cinco réus do 8 de janeiro já faleceram. O primeiro foi Antônio Marques da Silva, operador de máquinas de terraplanagem em Barra do Garças, no Mato Grosso. Ele morreu em um acidente ao consertar um telhado no dia 29 de outubro.

Depois dele, o comerciante Clériston Pereira da Cunha foi vítima de um mal súbito durante banho de sol no Complexo Penitenciário da Papuda. O homem sofria com problemas do coração, e colegas relataram à Gazeta do Povo que ele passou mal diversas vezes na prisão. A morte foi registrada dia 20 de novembro de 2023, quase três meses depois de ele obter parecer favorável da PGR para liberdade provisória, mas o documento não foi apreciado por Moraes.

O terceiro falecimento é de Giovanni Carlos dos Santos, de São José dos Campos, em São Paulo, que morreu dia 24 de janeiro deste ano ao cair de uma árvore durante a realização de um serviço temporário.

Já no dia 2 de março, o caminhoneiro Eder Parecido Jacinto perdeu a vida após uma queda durante a manutenção em seu caminhão. Ele foi levado diversas vezes ao hospital, mas a situação se agravou e ele não resistiu.

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