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Construção das escadas de emergência depende de licitação | Diego Pisante/ Gazeta do Povo
Construção das escadas de emergência depende de licitação| Foto: Diego Pisante/ Gazeta do Povo

Metade das escolas estaduais não tem segurança contra incêndios

Sem liberação do Corpo de Bombeiros, as instituições de ensino funcionam irregularmente, colocando em risco a vida dos alunos, funcionários e professores

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As instituições de ensino superior de Curitiba também apresentam irregularidades quanto à estrutura de combate a incêndios. Faltam desde itens essenciais, como escada de emergência, até a entrega ao Corpo de Bombeiros de um Plano de Segurança, quesito obrigatório para vistoria e liberação de funcionamento. Das nove maiores instituições, quatro apresentam algum problema segundo o Corpo de Bombeiros: Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Uni­­­­versidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil) e Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade).

O câmpus Ecoville da UTFPR, inaugurado no ano passado, não conta com autorização nem do Corpo de Bombeiros nem da prefeitura para funcionar. Os prédios não receberam certificado de vistoria dos bombeiros por apresentarem problemas de segurança, e obtiveram apenas aprovação do relatório ambiental na avaliação realizada pelo município. Entre os problemas mais críticos está a falta de escadas de incêndio em três dos quatro blocos prontos. Sem elas, as portas de emergência nos andares mais altos dão direto para um "abismo". Segundo a UTFPR, a instalação das escadas ainda não foi feita por problemas com o processo de licitação.

Dentro das salas de aula existe uma espécie de poço por onde passam fios elétricos, telefônicos e tubulações. As portas que dão acesso a esses locais deveriam estar trancadas, mas não estão. "Pensamos que fosse um armário. Quando vimos era um buraco semelhante ao poço de um elevador. Alguém desavisado pode se machucar", diz o estudante do curso de Tecnologia em Segurança do Trabalho Giovanni Yugi.

De acordo com o assessor de desenvolvimento institucional da UTFPR, Vilson Ongaratto, a sede foi ocupada sem liberação porque alguns cursos que tiveram ampliação de vagas pelo Programa Federal de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) não tinham para onde ir. Ele também informou que está em andamento um processo de licitação para a compra de equipamentos de segurança.

A UTP, que enfrentou um incêndio no câmpus Champagnat em 2008, não tem nem o registro de solicitação de vistoria pelos bombeiros. A assessoria da instituição alegou que enviou um plano de segurança e que aguarda resposta.

A UniBrasil também não apresentou um plano de segurança, mas explica que está implantando um projeto de evacuação do prédio, em parceria com o Corpo de Bombeiros. A Uniandrade também foi procurada, mas até o fechamento desta edição não respondeu. Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Universidade Positivo (UP), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fae Centro Universitário e Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba) não estão na lista de instituições irregulares dos bombeiros.

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