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Circula pela internet um documento tido como a sentença de Cristo, proferida por Pôncio Pilatos. "Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judeia, dizendo-se filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém", afirma o documento – que estaria em um museu na Espanha.

Essa sentença que condenou Cristo, contudo, é desacreditada pelos estudiosos consultados pela reportagem. "Podemos afirmar que não possui procedência verídica essa sentença que encontramos costumeiramente na internet. Essa sentença jamais foi escrita", afirma Roberto Victor Pereira Ribeiro. A posição é explicada por Rodrigo Freitas Palma: "É fato que jamais encontraremos a sentença condenatória de Jesus pelo simples motivo de que a peça em tela não foi escrita. À época, não se imaginavam as implicações que o evento teria. Ademais, não era praxe romana fazer esse tipo de registro numa província distante, onde milhares eram condenados regularmente por afrontar o império".

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