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O delegado Armando Braga de Moraes Neto, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) de Curitiba, concluiu na manhã desta terça-feira (11) o inquérito que investiga o acidente provocado pelo ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho, que resultou na morte de dois jovens há três meses. De acordo com o telejornal Paraná TV 1ª edição, da RPC TV, o inquérito, que tem 574 páginas, deverá ser entregue ao Ministério Público (MP) na quarta-feira (12).

O acidente ocorreu na madrugada do dia 7 de maio. O então deputado dirigia um Volkswagen Passat de cor preta, que acabou batendo contra um Honda Fit de cor prata. Os ocupantes do Fit, Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20, morreram na hora.

Apesar de confirmar a conclusão da investigação policial, o delegado informou ao telejornal que não adiantaria nenhuma informação sobre os laudos feitos pelo Instituto de Criminalística para apontar as circunstâncias em que a colisão ocorreu. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou no início da tarde desta terça que poderia agendar uma entrevista coletiva à imprensa para dar informações sobre o caso, mas disse que o compromisso ainda não estava confirmado.

Relembre o caso

O acidente ganhou repercussão nacional após a Gazeta do Povo revelar que Carli Filho tinha 130 pontos na carteira de habilitação e do exame do Instituto Médico Legal informar que ele conduzia o veículo em estado de embriaguez. O caso expôs um histórico de multas de políticos e de 68 mil cidadãos que dirigiam com a carteira de habilitação suspensa.

No dia 29 de maio, Carli Filho renunciou ao cargo de deputado estadual. O pedido oficial da renúncia é encaminhado ao presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM). Sem o foro privilegiado, o inquérito criminal voltou a tramitar nas instâncias normais, e Carli pode ser levado a júri popular.

O ex-deputado prestou depoimento à polícia no apart hotel onde estava hospedado em São Paulo no dia 9 de junho. Ele disse que não se lembra de nada do acidente. Reconstituição do acidente concluiu que o carro de Carli "decolou" pelo menos dez metros antes da batida e, para isso, teria que estar a uma velocidade mínima de 120 quilômetros por hora.

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