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PT ouvirá André Vargas antes de abrir Comissão de Ética

A Executiva Nacional do PT decidiu enviar uma comissão de três membros para ouvir o deputado licenciado e ex-vice presidente da Câmara André Vargas (PT-PR) sobre as denúncias envolvendo seu nome e deve criar uma Comissão de Ética para decidir seu futuro no partido.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou na manhã desta quinta-feira (10) que marcará para a última semana do mês a eleição do substituto do deputado André Vargas (PT-PR) para o cargo de primeiro vice-presidente da Casa. Nesta quarta-feira (9), o petista renunciou à função alegando que precisava se dedicar à defesa perante o Conselho de Ética, que instaurou uma investigação disciplinar contra o deputado por quebra de decoro parlamentar.

Pelo critério da proporcionalidade, o PT permanecerá na vice-presidência e indicará o sucessor de Vargas. Assim que o petista encaminhou sua carta de renúncia, os primeiros nomes que foram ventilados pelo partido foram os do ex-líder da bancada, José Guimarães (CE), o vice-líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (RS) e o ex-presidente da Casa, Marco Maia (RS).

Além do Conselho de Ética, a Corregedoria da Casa também vai investigar as relações de Vargas com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal durante a Operação Lava Jato, que apura esquema de lavagem de dinheiro. No Conselho, o relator do processo será o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que já avisou que pretende apresentar seu parecer antes do prazo regimental de 90 dias.

Vargas sofre ainda pressão da oposição e de colegas do PT para renunciar ao mandato depois das acusações de envolvimento com o doleiro Yousseff, que está preso acusado de movimentar mais de R$ 10 bilhões de forma ilegal.

Reportagem da revista Veja no fim de semana afirma, com base em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, que Vargas e o doleiro trabalhavam numa suposta "parceria" em contratos com o governo federal, em especial com o Ministério da Saúde. Vargas, segundo essas mensagens, teria prometido "atuar" para ajudar Youssef a obter o contrato com o ministério. Após as denúncias, Vargas pediu licença não-remunerada do cargo por 60 dias na segunda-feira (7), alegando "interesse particular".

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