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Jaqueline Van Der Goot: mais valor no café gourmet, mesmo em época de redução no cultivo.Divulgação/Faep

Com a ajuda de cursos técnicos, produtores rurais assumem postura de empreendedores e reinventam sua atividade diante de dificuldades econômicas e períodos de incertezas no Paraná. Os casos se repetem entre agricultores e pecuaristas que acessaram cursos para uma gestão profissionalizada das propriedades por meio do Programa Empreendedor Rural (PER).

4,5 mil

produtores são esperados no Expotrade Pinhais, na região de Curitiba, no próximo dia 4, para encontro do Sistema Faep que vai revelar os três vencedores entre dez finalistas do Programa Empreendedor Rural. Neste ano, PER forma 48 turmas, somando 1.134 em 12 anos de cursos. Iniciativa se espalhou por 14 estados.

Em época de recuo na produção estadual de café, Renne e Jaqueline Van Der Goot, de Arapoti, a 220 km de Londrina, no Norte Pioneiro, conseguiram acessar mercado de alto valor agregado. O casal lançou no mercado uma linha especial de café, a Kaldi Café Gourmet, 100% arábica, com certificação na categoria gourmet pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A ideia surgiu enquanto Jaqueline fazia os cursos de gestão empresarial e empreendedorismo rural ofertados pelo Serviço de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar-PR), no início do ano passado. “Por meio do programa eu aprendi mais sobre a minha propriedade, porque tive que analisar todos os dados da fazenda”, conta.

99 projetos

desenvolvidos durante módulos do Empreendedor Rural foram inscritos no concurso que selecionou dez nomes (veja lista em www.agrogp.com.br) e que irá premiar três empreendedores dia 4. Os vencedores vão ganhar viagem técnica, que pode ser para destino nacional ou internacional, definido pelos organizadores.

Com base no aprendizado, os empreendedores estabeleceram plano de negócios e contrataram agência de marketing de Curitiba para inserir o produto no mercado. “Antes nós apenas comercializávamos os grãos de café. Hoje nós industrializamos a nossa produção”, ressalta a produtora.

“Desde que lançamos, as vendas cresceram por volta de 100%, e hoje atendemos cafeterias, redes de postos de combustíveis e mercados. Em breve teremos até opções em cápsulas para as máquinas de café”, diz Jaqueline.

No caso do produtor rural, Edison José Engel, de Toledo, o aprendizado resultou na criação de uma máquina que utiliza dejetos de suínos, aves ou gado na geração de energia elétrica. O projeto foi campeão na categoria Inovação do PER em 2012. “Hoje você precisa estar sempre buscando informação. E o curso foi uma forma de estar em contato com técnicos preparados para nos trazer esse conhecimento”, analisa Engel.

40 horas

de aulas são cursadas pelos alunos que acessam o Empreendedor Rural à distância, modalidade criada em 2012, com foco em planejamento estratégico. Trata-se de uma especialização para quem já cursou o PER tradicional, com quatro horas presenciais e 36 horas em aulas remotas, com ajuda da internet.

O PER, criado em 2003 pelo Senar e a Federação da Agricultura do Paraná (Faep) hoje existe em 14 estados. Neste ano, forma 48 turmas, somando 1.134 em 12 anos no estado, em parceria com Sebrae e a Federação dos Trabalhadores Rurais do Paraná (Fetaep).

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Os projetos de empreendedorismo cumprem exigência para conclusão dos cursos do PER. São avaliados por uma banca composta por dez técnicos e professores do sistema que abrange Senar, Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Fetaep, Sebrae-PR, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os três mais inovadores são premiados com uma viagem técnica, nacional ou internacional. A premiação cria expectativa em todo o estado, como a que promete atrair 4,5 mil produtores ao Expotrade Pinhais, na região de Curitiba, dia 4.

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“Quanto mais difícil é o momento econômico, mais relevante é o domínio do processo de gestão. A partir do PER, o produtor rural passa a ter ferramentas para lidar com as dificuldades. É uma maneira de ele entender a inserção de sua propriedade rural no contexto da sociedade”, pontua o superintendente do PER, Humberto Malucelli.

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