Os moinhos rebateram na última semana a avaliação da Embrapa Trigo de que o cereal nacional enfrenta discriminação no setor. O presidente da Associação Brasileiras das Indústrias de Trigo (Abitrigo), Sergio Amaral, emitiu uma nota em que reage a essa afirmação, atribuída ao chefe-geral da Embrapa Trigo, Sérgio Dotto, pela própria instituição de pesquisa. A avaliação de Dotto foi expressa no Fórum Nacional do Trigo, realizado há uma semana em Londrina (Norte do Paraná). Ele apontou para a indústria e para os custos do transporte como gargalos ao argumentar que a triticultura está bem de tecnologia e, assim, deveria contar com um mercado estável. Além de negar restrição ao produto nacional, a Abitrigo contesta a avaliação de que 90% do trigo colhido na Região Sul são panificáveis. Em carta remetida à Embrapa, cobra informações técnicas para essa avaliação. Sérgio Amaral alega que o trigo argentino toma espaço do brasileiro porque atende melhor aos padrões seguidos pelos moinhos. Sérgio Dotto preferiu não estender a discussão. Ele teria sido mal interpretado ao dizer que a indústria prefere trigo estrangeiro pelo fato de produto chegar mais barato às regiões Nordeste e Norte.

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