As importações chinesas de açúcar em setembro subiram 80% sobre o mesmo mês do ano anterior, para 660 mil toneladas, mostraram dados da alfândega nesta quarta-feira (21), com as compras sendo incentivadas por preços mais interessantes no exterior. Mas comerciantes disseram que até metade do açúcar importado pode acabar em entrepostos aduaneiros, depois de muitos compradores não conseguirem autorização para retirar o produto.
As compras do maior importador de açúcar do mundo subiram 55,2% nos primeiros nove meses do ano, para 3,73 milhões de toneladas. O Brasil, maior exportador global, embarcou 1,5 milhão de toneladas de açúcar para a China de janeiro a agosto, alta de 14% na comparação anual, segundo dados do governo brasileiro.
Com os preços do açúcar chineses apoiados por políticas de preços governamentais e restrições a importações, os importadores têm consistentemente obtido mais de US$ 200 por tonelada em compras externas do adoçante em boa parte deste ano. Isso tem alimentado negócios antecipados, bem à frente da demanda real.
A China introduziu no ano passado um sistema de registro exigindo que compradores de açúcar sem cota obtenham autorização, em uma tentativa de proteger sua indústria. Não há dados disponíveis sobre a quantidade de açúcar que entrou nas zonas francas até agora este ano, mas fontes comerciais acreditam que poderia haver até 800 mil toneladas.
Cerca de metade das chegadas de setembro pode acabar nos entrepostos aduaneiros, à medida que Pequim tenta limitar as importações em 2015 a 3,8 milhões de toneladas.
-
Acordo do governo para reonerar folha de pagamento sela derrota do Congresso
-
Dívida do Brasil aumentou mais de R$ 1 trilhão, mas Lula não quer discussão
-
Haddad contraria Tebet e diz que não há espaço para desvincular aposentadorias ao salário mínimo
-
“PIB zero” e R$ 19 bilhões para reconstrução: as perspectivas do Rio Grande Sul após tragédia
Deixe sua opinião